sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

Funcionário de Hospital, praticante de detectorismo, fez uma das maiores descobertas de moedas romanas na Grã-Bretanha (Inglaterra)



O praticante de detectorismo inglês, David Crisp, 63 anos, encontrou um tesouro com mais de 52.000 moedas de bronze que datam do século III dC, enquanto buscava com seu detector de metais em um campo em Frome, Somerset, numa propriedade rural particular da Inglaterra.
No momento ele ainda não tem idéia do seu valor, mas diz que “Em qualquer caso, se eu fizer alguma coisa com isso, vou ter de compartilhá-lo com o agricultor (dono do terreno)."David, de Devizes, Wilts, que tem praticado esse hobby com detector de metal há 22 anos, disse que ele começou a cavar quando seu dispositivo acusou um “bip”. Ele encontrou as moedas em uma jarra grande a menos de 40 cm abaixo da superfície: "Eu coloquei minha mão dentro, tirei um pouco de barro e havia uma pequena moeda romana de bronze. Menor que minha unha”. Ele disse que era a maior descoberta que ele já tinha feito, acrescentando: "A primeira pessoa a quem contei foi o agricultor. Nós não sabemos ainda se elas valem dezenas de milhares ou centenas de milhares de libras.”
A botija de barro e as moedas juntas pesam cerca de 160 kg. Desde então, especialistas do Grupo de Antiguidades do Museu Britânico foram examiná-los. Eles acreditam que o pote de moedas foi provavelmente concebido como uma espécie de oferenda religiosa, ao invés de armazenamento para uso posterior. Sam Moorhead, do museu, onde parte da descoberta está exposta, disse: "Eu não acredito que este é um tesouro de moedas destinadas à recuperação. Eu acho que o que você pode ver é uma comunidade de pessoas que estão realmente fazendo oferendas e eles estão derramando em sua própria contribuição para a oferenda ritual comum aos deuses."

domingo, 21 de fevereiro de 2016

Pesquisadores percorrem diversas regiões de Minas Gerais em busca de tesouros escondidos

OUÇAM A ENTREVISTA NA INTEGRA NO SITE CBN GLOBO MINAS: http://cbn.globoradio.globo.com/editorias/pais/2016/02/20/PESQUISADORES-PERCORREM-DIVERSAS-REGIOES-DE-MINAS-GERAIS-EM-BUSCA-DE-TESOUROS-ESCONDIDOS.htm

Movidos pela vontade de contar histórias, eles procuram por objetos, joias, diamantes e até potes contendo moedas de ouro, que possuem valor histórico incalculável. Um grupo de pesquisadores está percorrendo Minas Gerais em busca de tesouros escondidos. São objetos e documentos que ajudam a contar a história não só do estado como do Brasil. Um desses tesouros, por exemplo, estaria enterrada no local onde ficava o casarão da lendária dama do sertão “Joaquina do Pompéu”, uma importante personagem mineira do século XIX e que possuía estreitos laços com a família real portuguesa. Em 1808, ela teria enviado ajuda a Dom João VI, que, juntamente com seus dez mil súditos, fugiu da invasão das tropas de Napoleão Bonaparte para o Brasil. Em retribuição, ele teria enviado um presente. Há quem acredite que seria uma escultura de um cacho de bananas folheada a ouro. Outros acham que seria um pote com objetos valiosos. A região foi visitada por este grupo de caçadores de relíquias, liderado pelo pesquisador da historiografia mineira Alexandre Ibañez, mas nada foi localizado. Ele explica que a sensação é a de tentar encontrar uma agulha no palheiro.
"A fazenda dela hoje é a cidade de Abaeté, Dores do Idaiá, Paracatu, Pitangui, Pequi, Papagaios, Maravilhas, Martinho Campos e Pompéu. Quer dizer. É uma fazenda muito grande. Ela tinha mais de dez mil escravos. Então, muita gente vai pra essa região em busca desse cacho de bananas de ouro e as jóias que muita gente diz que viu com ela, mas que depois da morte dela ninguém encontrou", conta.



Outro caso que tem despertado a curiosidade do grupo é o que envolve o tesouro dos inconfidentes, que estaria enterrado no Pico do Itacolomi, na região de Ouro Preto. Livros, jóias e armamentos que seriam usados caso o movimento da Inconfidência Mineira desse certo. Por enquanto, o tesouro continua sendo um mistério. Além de conhecimento, para embarcar em uma aventura é preciso planejamento. Mas nem sempre tudo sai como o esperado, nessas horas tem que saber improvisar. Como em todas as áreas, os caçadores de tesouros também se deparam com aventureiros que ignoram as regras e recomendações feitas em torno da preservação do patrimônio histórico. Para que a aventura se torne profissional, os adeptos do detectorismo, como a atividade é conhecida, precisam seguir legislações específicas dos estados e da União. Por enquanto, apenas algumas pistas foram encontradas, mas isso não desanima o grupo. Enquanto houver uma história pra contar, o grupo promete continuar se aventurando em busca dos tesouros, sejam eles lendas ou realidade.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

O LENDÁRIO TESOURO DOS INCONFIDENTES NO PICO DO ITACOLOMI NAS SERRAS DE MINAS GERAIS

Certa vez quando eu pesquisava sobre esse assunto me deparei com uma edição da revista "O Cruzeiro", que tinha sido publicada no Rio de Janeiro, sob número treze, ano XXV, datada de 10 de janeiro de 1953. Na página 28, os jornalistas Álvares da Silva e Eugenio Silva contavam a história do Sr. Inácio Pinheiro, sob o título "Os fantásticos tesouros de Ouro Preto” onde relatava a fantástica história do Sr. Inácio Pinheiro o mítico caçador de tesouros de Ouro Preto. O mineiro de Muriaé, Inácio Pinheiro, era um pacato dentista prático em Barbacena, quando em 1936, remexendo um velho baú deixado por seu falecido pai, encontrou vários mapas acompanhados de manuscritos, que falavam sobre tesouros enterrados e como encontrá-los. Estava apenas procurando músicas antigas para uma moça, que desejava enviá-las para um concurso promovido por uma rádio do Rio. Não se lembrou mais das músicas. Mas sua vida trocou de ritmo e compasso: deixou Barbacena e mudou-se para Ouro Preto a fim de iniciar a busca. Meses depois, voltou, para levar a mulher e os dois filhos. 



Antes passou um ano no Rio de Janeiro tentando obter a ajuda do Governo para levar avante a empreitada. Só perdeu tempo e dinheiro, além de ganhar muita amolação. “Desiludido, resolveu começar a empresa por sua conta e risco, em 1941”. Como resultado, o Sr. Pinheiro passou cerca de treze anos no Pico do Itacolomi, numa busca solitária e cheia de mistérios. Sozinho por longos anos desaprendeu a conviver com a sociedade que tanto burlava dele. O Sr. Pinheiro, obstinado e só, passou frio e fome sem jamais desistir de encontrar o famoso tesouro dos inconfidentes, que, segundo ele, estava escondido na Serra do Itacolomi com mais de uma tonelada em barras de ouro, além de vários baús que escondiam a biblioteca particular de Cláudio Manuel da Costa. Porém, uma semana depois da reportagem pela revista "O Cruzeiro", o caçador de tesouros foi encontrado morto, em plena sexta-feira santa, sozinho em seu rancho, no Pico do Itacolomi. Morreu sentado, dentro de sua cabana, sem camisa, vestido apenas de calças. O corpo encontrado já estava naquela posição havia cerca de dez dias, segundo constou a perícia. O aventureiro faleceu aos 65 anos de idade, provavelmente vítima de um enfarto fulminante. Sozinho, como o bandeirante Fernão Dias, morreu atrás de um sonho de fortuna, sem encontrar o que procurava. Ou talvez sim, como acreditam muitos. E que talvez ele tenha levado consigo o segredo de onde estaria escondido o lendário tesouro. Mas isso já é outra história!

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

Buscadores de relíquias procuram o lendário tesouro de “Joaquina do Pompéu” em Minas Gerais

Uma crença de que a "Dama do Sertão" de Minas Gerais enterrou um presente de Dom João VI debaixo do seu casarão, demolido em 1954, leva caçadores de tesouros com equipamentos em busca das relíquias perdidas.
Há muitos anos se ouvem histórias de que um tesouro está enterrado no lugar onde existiu o casarão de Joaquina Bernarda da Silva de Abreu Castelo Branco (1752-1824), a lendária dama do sertão “Joaquina do Pompéu” uma importante personagem mineira do século 19 e com estreitos laços com a família real portuguesa. Em 1808, por exemplo, ela enviou centenas de gados e outros mantimentos para saciar a fome de Dom João VI (1767-1826) e dos cerca de 10 mil súditos que fugiram da invasão das tropas de Napoleão Bonaparte (1769-1821) e desembarcaram, no Rio de Janeiro, sem alimentação suficiente para todos. Já em 1822, Joaquina enviou tropas de cavalos e mantimentos para reforçar o exército de dom Pedro I (1798-1834) na luta pela independência do Brasil.O tesouro em questão seria um presente de João VI em gratidão à ajuda financeira de Joaquina. Há quem acredite que se trata da escultura de um cacho de bananas folheado com ouro. Outros afirmam que o objeto tem o formato de uma única banana coberta com pó do precioso metal. Ainda há quem sugere um pote com objetos valiosos. Muita gente, porém, alerta que tudo não passa de uma lenda que surgiu em razão da riqueza acumulada por Joaquina, considerada uma grande empreendedora à frente de seu tempo.
Ela deixou aos herdeiros, segundo escreveu o historiador Gilberto Cezar no artigo “As duas faces da matriarca”, publicado na edição de 14 junho de 2008 da Revista de História, “11 fazendas, 40 mil cabeças de gado e algumas centenas de escravos, fora baixelas de prata e bandejas e barras de ouro, entre outros tesouros”. Para se ter idéia do tamanho das terras da amiga da corte, basta dizer que suas fazendas abrangiam áreas que hoje pertencem às cidades de Abaeté, Dores do Indaiá, Paracatu, Pitangui, Pequi, Papagaios, Maravilhas, Martinho Campos e Pompéu. Foi nessa última cidade que Joaquina e o marido, o capitão Inácio de Oliveira Campos, passaram os últimos anos de vida. A sede do sobrado, com 79 cômodos, foi erguida de esteio de aroeira, em sistema de pau a pique, no Pompéu Velho, um povoado a 22 quilômetros de Pompéu e a 190 de Belo Horizonte. O imóvel foi derrubado em 1954. “Pessoas acreditavam que debaixo do solar havia um saco de ouro ou outra peça do metal e associaram a existência (do tesouro) à derrubada do imóvel”, disse Hugo de Castro, coordenador do Centro Cultural Dona Joaquina do Pompéu.

(resenha de Paulo Henrique Lobato em http://www.em.com.br/

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016

Lei Brasileira sobre achados e Tesouros Seção III Do Achado do Tesouro

                    

Art. 1.264. O depósito antigo de coisas preciosas, oculto e de cujo dono não haja memória, será dividido por igual entre o proprietário do prédio e o que achar o tesouro casualmente.
Art. 1.265. O tesouro pertencerá por inteiro ao proprietário do prédio, se for achado por ele, ou em pesquisa que ordenou, ou por terceiro não autorizado.
Art. 1.266. Achando-se em terreno aforado, o tesouro será dividido por igual entre o descobridor e o enfiteuta, ou será deste por inteiro quando ele mesmo seja o descobridor.

O LENDÁRIO TESOURO DO PICO 3 IRMÃOS EM SARZEDO - MINAS GERAIS

O surgimento do povoado que originou o município de Sarzedo, está ligado como grande parte dos municípios mineiros, a exploração mineral. Se no século XVII, a busca do ouro determinou uma maior interiorização da população orientando a ocupação do território, no século XX a extração do minério de ferro e o seu transporte propiciaram o surgimento dos diversos núcleos de povoamento na região sudeste do Brasil. Oficialmente descoberto na última década do século XVII, o ouro motivou a ocupação do seio do território brasileiro determinando o povoamento da região das minas pela formação dos primeiros núcleos populacionais que se fixaram próximos aos cursos d’água, onde era mais fácil a sobrevivência. Foi á penetração dos bandeirantes paulistas no interior das Minas Gerais no século XVIII, aprisionando índios e apossando das terras a procura do ouro e pedras preciosas que fizeram surgir os primeiros arraiais mineiros. 
 


Os primeiros grupos, inicialmente estabelecidos de forma temporária, assumiram depois um caráter da ocupação permanente na medida em que se intensificou o processo de exploração aurífera. Foram fundadas assim, os arraiais e vilas que formaram a capitania de Minas Gerais. Assim nasceram muitas lendas sobre tesouros escondidos por aquelas serras. Por isso também estivemos por lá em busca das lendas e desses tesouros! Enfim encontramos...mais um amigo que nos recebeu em sua fazenda nesta nova empreitada e caçada. Obrigado Sr. Vicente Sampaio por nos receber e acreditar nas lendas que fazem do nosso imaginário mais um capitulo em nossas aventuras.

sábado, 6 de fevereiro de 2016

A cidade perdida da Bahia


Formações rochosas da Chapada Diamantina Setentrional, próximo da Vila de Santo Inácio - Município de Gentio do Ouro, Bahia. A região já foi uma das maiores produtoras de diamantes no mundo, mas hoje está reduzida à exploração em pequena escala. As formações rochosas, muito parecidos com os moais da Ilha de Páscoa, lembram em muito vários semblantes humanos. O maior mistério na história do Brasil ou, como diríamos, o mais famoso mito arqueológico brasileiro é a “cidade perdida da Bahia”. O local é incerto, mas as afirmações coincidem com os detalhes de antigos viajantes que falavam de ruas calçadas e muros altos de pedras. A lenda teve início nos tempos do império, quando o governo português mandou prender Robério Dias, o Muribeca, por não querer revelar a localização de ricas minas de prata na Bahia. Há indícios, aliás, registros muito contundentes que deixam a impressão que “algo muito sério” está sendo escondido propositalmente durante vários anos.


A cidade perdida do sertão baiano passou por uma pesquisa minuciosa entre os anos de 1840 e 1847. Tudo porque, um ano antes, fora encontrado pelo naturalista português Manoel Ferreira Lagos um documento envelhecido, esquecido num canto da Livraria Pública da Corte (Atual Biblioteca Nacional). Era um velho manuscrito carcomido pela passagem do tempo que hoje é catalogado com o número 512, de 10 páginas com o título: “RELAÇÃO HISTÓRICA E OCCULTA, E GRANDE POVOAÇÃO ANTIQUÍSSIMA SEM MORADORES”. A região é inóspita. Os depoimentos nem sempre coincidem mas há vários pontos que confirmam relatos de uns e outros sobre ruínas espantosas. Apesar de não haver comprovação da realidade, os intelectuais e entusiastas acreditam que todos os esforços devem ser dedicados, pois que esses vestígios podem conduzir às grandes descobertas de um passado misterioso, não só do Brasil, mas envolvente para todo o continente sul-americano.





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Nascido em 1879, veio da classe média Bruxelas, estudou na Alemanha e Inglaterra. Escritor e romancista. Também conferencista, suas publicações africanistas, escrito em um espírito que pode ser comparada com a de Delafosse na França, começando com a publicação em 1914 de uma antologia de textos sobre o Congo, intitulado significativamente Moukanda. Em 1922, ele lançou "Sociedade dos Amigos da Arte congolesa” e no mesmo ano, ele recebeu o Ministro das Colônias Louis Franck, da qual ele é o assessor de imprensa. Em 1925, Perier publica ao mesmo tempo, o congolês Talks Emil Torday, o etnógrafo de Bakuba e sua própria tradução, o primeiro em francês, de um posto avançado da civilizaçãoConrad. No mesmo ano, Périer, que não parou de frequentar sociedades literárias Bruxelas, organiza a investigação da revista La Renaissance no Ocidente em "artes indígenas do Congo". Em 1930 apareceram os dois volumes da enciclopédia, o Congo Belga, que é o eixo. A partir de 1955, Vice-Presidente da Liga de Escritores e Artistas africanista, ele ainda ocupa um novo organismo oficial, destinado a patrocinar intercâmbios culturais entre a metrópole e a colônia. Finalmente, cria uma editora com Henri Paul Drum and Dahomey Fabo: "África no mundo". Foi considerado um dos mais célebres escritores e romancista Belga.


Caçadores de tesouros procuram tacho de ouro escondido no Centro-Oeste de Minas

Tacho com ouro que teria sido enterrado à sombra de um coqueiro na Região Centro-Oeste atrai a cobiça de inúmeros aventureiros e ajuda a contar memórias da sétima vila de Minas.
A história contada com entusiasmo por dona Fia, apelido de Maria José Lopes, de 76 anos, aguça a imaginação de moradores de Pitangui, cidade histórica do Centro-Oeste de Minas Gerais que completou seu tricentenário em junho passado. Não é à toa: a dona de casa garante que há um tacho abarrotado de ouro enterrado próximo a um dos coqueiros do Mascarenhas, lugarejo a menos de uma légua, ou algo entre quatro e cinco quilômetros, do Centro do município. 
Mas não se trata de mero causo, garante. A origem da fortuna tem nome, sobrenome e árvore genealógica: pertenceu a João Lopes, um rico fazendeiro português que viveu por aquelas bandas no século 19. “Era meu bisavô”, diz dona Fia. Segundo ela, o europeu teve um romance com a escrava Maria Benta, que vem a ser sua bisavó. João teve filhos com mulheres diferentes e, receoso em dividir a fortuna, enterrou o tesouro. Não contou a ninguém onde escondeu a fortuna, mas morreu sem retirá-la da terra. 

O tacho de ouro enterrado pelo fazendeiro – como contam a tradição, a dona Fia e um sem-número de ambiciosos aventureiros – atrai duas espécies de desbravadores: os que vão atrás da fortuna com a intenção de garantir a própria aposentadoria e os que se empenham em localizar o ouro para enriquecer os museus da região. Esse último grupo é formado pelos caçadores de histórias, como o pesquisador Vandeir Santos. “Nosso objetivo é ir atrás do passado. Levantar elementos que contribuam para o estudo da história do município. Quando encontramos algo, sempre doamos para museus”, garante Vandeir, membro do Instituto Histórico de Pitangui. A origem de Pitangui, a 130 quilômetros de Belo Horizonte, fundada por bandeirantes paulistas e elevada à condição de vila – a sétima em Minas – em 1715.

O seu coração está onde está o seu tesouro. E seu tesouro precisa ser encontrado, para que tudo possa fazer sentido

"O seu coração está onde está o seu tesouro. E seu tesouro precisa ser encontrado, para que tudo possa fazer sentido."





A sinhazinha da cédula de 2 mil Réis

Cédula Dois Mil réis (autografada) - República 1890.
N.o 58540 (valor recebido) – 40.a Série - 11.a Estampa.
Número do Catálogo de Cédulas do Brasil: R084


Em 1860, um Jovem mato-grossense de apenas 12 anos, empreendeu Uma viagem de sua Cidade natal, Cuiabá, rumo a Capital do Império do Brasil, Rio de Janeiro. Partiu para Realizar seus estudos, Como seria de se Esperar de um filho da oligarquia local. Seguiu em lombo de mula através do sertão, transpondo rios a nado e de Todos os rigores de uma viagem semelhante, em Uma Época que o interior do Brasil era ainda Coberto por matas e florestas. O périplo durou cerca de Três meses. O nome deste jovem? Joaquim Duarte Murtinho (1848-1911). Apos Estudos Preliminares, ingressou na Escola Politécnica, no entanto, não se tornou engenheiro e sim um dos Mais disputados Médicos homeopatas do Rio de Janeiro. Com a Mudança do Regime imperial para o republicano Entrou para a Política, foi Senador da República (1890-1896, 1903-1906 e 1907 um 1911) e Ministro da Fazenda de Campos Salles (1898-1902).

Por volta de 1890-1892, Joaquim Murtinho Então com Quarenta e poucos anos, mas ocupando o posto Já de Senador da República, encarregou o jornalista Artur Guaraná, Que Fazia uma cobertura de Assuntos Econômicos pelo país, de lhe auxiliar na Procura de uma Jovem Para servir de modelo na confecção da futura cédula de 2 mil-réis do Tesouro Nacional. A estampa da cédula de 2 mil-réis em Circulação na Época (8ª estampa) havia Sido aproveitada do Império, substituindo-se a efígie de D.Pedro II Pela Alegoria da Justiça. Agora se pretendia substituir uma estampa e Para isso, procurava-se Uma Imagem de uma Jovem bonita, do tipo brasileiro, para representar a figura da República. 
O jornalista realizou uma busca e encontrou em Estúdio Fotográfico de um senhor chamado Guimarães, estabelecido na esquina das Ruas da Assembléia com Gonçalves Dias, uma fotografia de uma Jovem conhecida nas rodas Literárias e Jornalísticas de São Paulo, deixando o seu verdadeiro nome em sigilo, referindo-se a ela por "Sinhazinha". ela vivia com o sua Mãe e colaborava com Jovens poetas e prosadores, para o Diário Popular e Outros Periódicos de Pouco apuro literário. A Jovem foi apresentada para Joaquim Murtinho para servir de modelo a cédula da República. Ela viajou para o Rio de Janeiro e em SEGUIDA Para a Europa. O Envolvimento amoroso da Jovem com Joaquim Murtinho Parece ter ficado evidenciado nesta viagem. Na Europa, a Jovem, apos ter passado por Lisboa e provavelmente por Paris, dirigiu-se para Viena, Onde foi apresentada ao pintor Conrad Kiesel (1846-1921) para que este pudesse realizar os retratos que seriam utilizados na futura cédula. O pintor realizou vários retratos, Entre eles "Dolores" e "Saudade" que logo em seguida foram encaminhados aos Estados Unidos, para a ABNCo, que procederia com a realização das gravuras necessárias para a confecção das cédulas. 
A ABNCo. encarregou o gravador japonês Sukeichi Oyama (1858-1922), que era Funcionário da Empresa (1891-1899), de Efetuar as gravuras. e realizou pelo menos duas gravuras que seriam utilizadas para a confecção das cédulas, uma denominada "Zella" (1893), obtida a Partir fazer Retrato de autoria de Conrad Kiesel, denominado "Saudade", e a Outra, "Mima" (1894) obtida a partir do retrato denominado "Dolores". Era praxe na ABNCo, eles utilizarem gravuras.

"Zella", primeiramente, em Tres Oportunidades, há Bilhete de 20 Dólares de 1897 (PS627) do Bank of Nova Scotia (Província da Nova Escócia - Canadá), Bilhete de 20 pesos de 1898 (PS180) fazer El Banco de Concepción (Chile) e Bilhete de 100 pesos, also de 1898 (PS199) fazer El Banco de Coahuila (México). Em 1900, Finalmente, uma gravura "Zella" foi utilizada na cédula brasileira (2 mil-réis de 1900, da 9ª estampa do Tesouro Nacional - R082; P.11) e Acabou por causar um grande furor na Câmara dos Deputados, Sendo o Ministro da Fazenda acusado de reproduzir uma figura de sua "meretriz" em dinheiro do Estado.
(Matéria da Numismática News)

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

APÓLICES DO REAL ERÁRIO – ANO 1799: EM NOSSA LOJA VIRTUAL

História, valores faciais e estampagem As apólices do Real Erário foram títulos de empréstimo sobre o Tesouro português que, pelas características que foram adquirindo durante os seus 40 anos de existência, foram uma primeira aproximação à circulação de papel-moeda em Portugal. Em 1761, durante o reinado de José I, foi criada a instituição do Erário Régio por Carta de Lei de 22 de Dezembro. Esta instituição substituiu a Casa dos Contos do Reino e implicou a centralização absoluta das finanças de Portugal e das suas então colônias: todas as rendas passaram assim a dar entrada no Erário Régio e dele saíam os fundos para todas as despesas. O Inspetor-Geral do Tesouro presidia ao Erário Régio, imediatamente subordinado ao rei. O primeiro a ocupar o cargo foi Sebastião José de Carvalho e Melo, o Marquês de Pombal, que ocupou o cargo até 1777. Esse selo era impresso a vermelho com o símbolo de uma coroa e os dizeres «D. Pedro IV-1826». 



No mesmo sentido, os Avisos de 7 e 20 de Agosto de 1828 mandavam prosseguir à carimbagem das apólices. No entanto, como na altura eram as forças miguelistas que comandavam a capital, o selo alterou os dizeres para «D. Miguel I- 1828». Os seus desenhos eram simplistas. A parte inferior da apólice continha a promessa de pagamento do Real Erário, a data de emissão e as assinaturas. Para além do selo branco do Erário Régio, podia constar em alternativa a da Causa Pública. Tanto este como o selo do Erário Régio podiam conter o valor nominal da respectiva apólice. O verso das apólices era vazio e servia para receber os carimbos a preto com o comprovativo do pagamento do juro acordado.
Este carimbo continha o escudo das armas reais, as iniciais da entidade pagadora e a data do pagamento. Uma vez que existiam várias entidades capazes de proceder ao pagamento dos juros surgem muitas variações das 4 iniciais: JJ (Junta dos Juros); RE (Reais Empréstimos); T (Tesouro); TG DAS TROPAS DO NORTE (Tesouraria Geral das Tropas do Norte).

Com detector de metais, empresário descobre tesouro viking na Escócia

Derek McLennan, de 47 anos, encontrou o tesouro em Dumfriesshire. Vaso tinha mais de 100 objetos, como lingotes de prata e moedas de ouro.



Um fã de detectores de metais encontrou um tesouro viking na Escócia. Derek McLennan, de 47 anos, encontrou o tesouro há um mês, a apenas 60 centímetros abaixo do solo em Dumfriesshire, no sudoeste da Escócia. A descoberta, que deve ajudar a esclarecer a relação da Escócia medieval com outras partes da Europa, é composta por mais de 100 objetos dos séculos IX e X, incluindo lingotes de prata, moedas de ouro, broches, pulseiras e um crucifixo também feito de prata. O local exato da descoberta não foi divulgado por razões de segurança, mas trata-se de um edifício de propriedade da Igreja da Escócia. McLennan, um empresário aposentado, começou a rastrear terrenos com um detector de metais há três anos e, durante este período, encontrou, além do tesouro viking, outros dois cheios de moedas medievais. "É definitivamente o tesouro viking mais importante da Escócia", declarou Stuart Campbell, diretor do Treasure Trouve Unit, o organismo público escocês que supervisiona as descobertas desse tipo. "É muito importante não só para a Grã-Bretanha, mas para a Europa Ocidental inteira, porque é um tesouro muito incomum", acrescentou.

"Ele contém objetos de toda a Europa. Amuletos da Irlanda, jóias da Escandinávia, jóias de ouro provavelmente dos anglo-saxões e um vaso de prata carolíngio, que agora está na Alemanha".


Acredita-se que este vaso carolíngio, cujo conteúdo ainda não foi examinado, é cem anos mais velho do que o resto dos objetos. "Nós não sabemos exatamente o que está no pote, mas espero que revele a quem pertencia, ou pelo menos de onde veio", disse McLennan. O tesouro é de propriedade da Coroa, mas McLennan receberá uma comissão por sua descoberta baseada no valor de mercado quando os objetos forem vendidos aos museus.

Apenas o vaso poderia valer 200 mil libras (R$ 764 mil). McLennan concordou em dividir os lucros com o proprietário do terreno onde as peças foram descobertas.

A CAIXA MÁGICA DOS TESOUROS DA ALMA

"Eu carrego comigo uma caixa mágica onde eu guardo meus tesouros mais bonitos. Tudo aquilo que eu aprendi com a vida, tudo o que eu ganhei com o tempo e que vento nenhum leva. (…) O pouco é muito pra mim. O simples é tudo que cabe nos meus dias. Eu vivo de muitas saudades. E quem se arrebenta de tanto existir, vive pra esbanjar sorrisos e flashes de eternidade"



quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

A BUSCA DOS TESOUROS DA ALMA

O mais importante na busca de um tesouro talvez não seja tanto o de encontra-lo...mas sim os caminhos para busca-lo! Sejam bem-vindos a Comunidade de Colecionismo e Antiguidades Ibañez.




AS ANTIGUIDADES DE ANGEL IBAÑEZ

Angel Ibañez querido irmão e colaborador desta Comunidade Arqueológica exibe enorme cravo encontrado em escavações durante obras de reforma em residencia no povoado de Villanueva na Província de Sevilha - Espanha. Provavelmente de origem anterior á Guerra Civil Espanhola. Obrigado pelas imagens!




Vaso chinês vai do sótão para o leilão e rende 50 milhões

Um antigo vaso chinês (do século XVIII, dinastia Qing) estava perdido num sótão. Os donos descobriram-no e foi a leilão em Londres, rendendo quase 70 milhões de dólares (cerca de 50 milhões de euros).
O comprador foi um chinês, que negociou por telefone, não se importando de pagar muito mais que os 800 mil dólares por onde a licitação tinha começado.


Aos 69,5 milhões juntam-se os impostos para o Estado britânico e a percentagem da leiloeira, perfazendo o valor mais elevado alguma vez pago por uma relíquia chinesa.
Segundo a leiloeira, citada pelo The New York Times, o vaso estava «num baú empoeirado» e foi econtrado por dois irmãos que o abriram enquanto limpavam uma casa de família, perto do aeroporto de Heathrow, em Londres, depois da morte dos pais.
«Não faziam ideia do que possuíam. Tinham esperanças, mas nem se atreviam a acreditar até que o martelo bateu. Nesse momento a irmã teve de sair da sala para apanhar ar», relatou um porta-voz da Bainbridge s.
Alguns especialistas que observaram a peça dizem que poderá ter sido feito para um dos palácios imperiais de Qianlong, que reinou entre 1735 e 1796.
Uma responsável pela leiloeira disse ainda que os vendedores não faziam ideia de como os pais tinham adquirido o vaso, apesar de pensarem que este estava na posse da família desde os anos 30 do séc. XX.
De acordo com um editor de um jornal britânico de antiguidades, o Antiques Trade Gazette, o vaso poderia ser uma das peças saqueadas pelas tropas inglesas nos palácios imperiais de Pequim durante a segunda Guerra do Ópio, de 1856 a 1860.

Um tesouro com 52.500 moedas romanas! Que descoberta!


Um passatempo rendoso foi o que o caçador de tesouros inglês, Dave Crisp, descobriu quando encontrou, na Inglaterra, cerca de 52.500 moedas romanas, datando do século III: uma das maiores descobertas de todos os tempos na Grã-Bretanha.   O tesouro, encontrado em Abril e só agora trazido ao público, foi transferido para o Museu Britânico, em Londres, onde as moedas foram limpas e registradas, este trabalho foi feito em dois meses e representou cerca de 400 horas de trabalho para a equipe conservador.  No total seu valor deve chegar a £3.300.000 (R$ 9.075.000 ) e inclui centenas de moedas – a maioria de prata baixa ou bronze —  com a imagem de Marcus Aurelius Carausius,  imperador romano que invadiu e tomou possessão das terras na Grã-Bretanha e ao norte da França no terceiro século da nossa era.  Os arqueólogos que tiveram acesso ao achado acreditam que o tesouro, que lança luz sobre a crise econômica e coalizão do governo no século III e que ajudará a reescrever a história nos livros.


Dave Crisp, um chefe de cozinha de um hospital local, e caçador de tesouros por passatempo,  usando um detector de metal localizou as moedas em abril, num campo próximo a Frome, Somerset,  na região sudoeste da Inglaterra.   As moedas haviam sido enterradas em uma grande jarra — um tipo de recipiente, normalmente usado para armazenar comida  — numa profundidade de aproximadamente 30 centímetros.  E o tesouro pesa cerca de 160 kg ao todo.  Crisp  disse que recebeu um sinal de estranho em seu detector de metais o que o levou a começar a cavar.

Eu coloquei minha mão dentro, tirei um pouquinho de barro e com ele veio uma pequena moeda romana de bronze – muito, muito pequeno, do tamanho da minha unha“, disse Crisp. Ele retirou cerca de 20 moedas antes de descobrir que eles estavam em um pote e, então,  percebeu que precisava de ajuda arqueológica.  “Contatei o responsável local da Divisão de Achados Históricos.   Ao longo dos anos já tive muitos achados, mas este é o meu primeiro tesouro de moedas, e foi uma experiência fascinante participar nas escavações”.
Dave Crisp fez a coisa certa.  Não tentou escavar o tesouro sozinho.  “Resistindo à tentação de desenterrar as moedas o Sr. Crisp permitiu aos arqueólogos do Somerset County Council escavarem cuidadosamente a jarra e seu conteúdo, garantindo a preservação de provas importantes sobre as circunstâncias do seu enterro”, disse Anna Booth, Liaison de Achados do Conselho de Somerset.

Por causa do peso das moedas e da fragilidade da panela em que foram enterradas, o pote deve ter sido enterrado no chão antes das moedas. E ela foram então colocadas dentro dele. Isso sugere que esse tesouro não foi enterrado porque seu dono estava preocupado com uma ameaça de invasão, e  queria encontrar um lugar seguro para guardar suas riquezas, com a intenção de recuperá-lo mais tarde, em  tempos mais pacíficos.  A única maneira que alguém poderia ter recuperado este tesouro seria quebrando o pote e escavando as moedas para fora dele.  Isso teria sido difícil.  Se essa tivesse sido a intenção, então eles teriam enterrado suas moedas em recipientes pequenos, que seriam mais fáceis de se recuperar.  Pensa-se, portanto, que é mais provável que a pessoa (ou pessoas) que enterrou o tesouro confiado não tinha a intenção de voltar e recuperá-lo mais tarde.  Talvez tenha sido uma oferta de alguma comunidade agrícola para uma boa colheita ou por um clima favorável.


As moedas foram divididas em 67 grupos.  Cada um desses grupos foi lavado e classificado em separado e, como resultado, sabe-se, hoje, que a grande maioria (85 por cento) das moedas de Carausius, as últimas moedas no tesouro, estava em uma única camada.   Isso dá uma fascinante visão sobre como as moedas foram colocadas na jarra, como um conjunto de moedas de Carausius deve ter sido derrubado, panela abaixo e permanece separado  do resto das moedas.
O condado já iniciou um inquérito, quinta-feira, para determinar se o achado está sujeito à lei do Tesouro, um passo formal para a determinação de um preço a ser pago por qualquer instituição que deseje adquirir o tesouro.   O tesouro é um dos maiores já encontrados na Grã-Bretanha, e irá revelar mais sobre a história da nação no século III, disse Roger Bland, chefe de Antiguidades portáteis do Museu Britânico. A descoberta inclui 766 moedas com a imagem do general romano Marco Aurélio Carausius, que governou a Grã-Bretanha, em governo independente, de 286 aC a 293 dC .   Foi ele o imperador romano que governou o país até ser assassinado em 293. “O terceiro século dC, foi um momento em que a Grã-Bretanha sofreu invasões bárbaras, crises econômicas e guerras civis“, disse Bland.

Roger Bland disse:  “Achamos que quem enterrou essa jarra não tinha a intenção de voltar a recuperá-la. Podemos apenas imaginar por que alguém enterraria o tesouro: poderia ser algumas economia, ou o temor de uma invasão, talvez fosse uma oferenda aos deuses.”   O domínio romano foi finalmente estabilizado quando o imperador Diocleciano formou uma coalizão com o imperador Maximiano, que durou 20 anos. Isso derrotou o regime separatista que tinha sido estabelecida na Grã-Bretanha por Carausius.


Esta descoberta nos traz a oportunidade de colocar Carausius no mapa escolar das crianças. Todos no país estudam sobre a Bretanha Romana há décadas, mas nunca ensinamos nada sobre Carausius,  nosso imperador britânico, perdido.”   A descoberta de moedas romanas se seguiu a uma descoberta feita no ano passado, de um tesouro de moedas anglo-saxãs na região central da Inglaterra, que ficou conhecido como o tesouro de Staffordshire  e que teve mais de 1.500 objetos, a maioria feita de ouro. 

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Este artigo foi baseado em 3 diferentes publicações na internet:
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terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

Peças arqueológicas são achadas nas escavações das obras do metrô do Rio de Janeiro

Milhares de artefatos do final do século 19 e início do 20 foram encontrados em Ipanema e no Leblon, zona sul do Rio de Janeiro, durante escavações do metro da Linha 4 que ligará a Barra da Tijuca, zona oeste, à Tijuca, zona norte. Esta é a segunda vez que milhares de peças são encontradas pela equipe de arqueologia contratada pelo Consórcio Linha 4 Sul. A primeira foi no ano passado ao lado da antiga estação da Leopoldina, centro da capital fluminense.

Foto: Tomaz Silva/ Agência Brasil

As cerca de 1.800 peças incluem porcelanas, pratos, tigelas, talheres, moedas, vidro e trilhos do bonde que funcionou nos bairros a partir de 1902. O coordenador da equipe que investiga a existência de artigos históricos no local, Cláudio Prado de Mello, explicou que os artefatos ajudarão a revelar detalhes desse período de ocupação da região, quando os bairros tinham cerca de 100 chácaras, de acordo com documentos históricos.
O trabalho arqueológico começou em janeiro de 2013 e tem a fiscalização do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e  Instituto Rio Patrimônio da Humanidade (IRPH). “O trabalho arqueológico continua até a inauguração do metrô, em 2016. Hoje mesmo estávamos dando uma entrevista quando encontraram um outro sistema do bonde”, disse.
Alguns utensílios estão intactos como peças de louça, porcelana e frascos de vidro. Até penicos foram encontrados, alguns com matéria orgânica no interior. Eles serão encaminhados para a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), para que passem por análise de paleoparasitologia.
“Vamos tentar descobrir as doenças que esse povo de 100, 200 anos atrás tinha”, disse o arqueólogo. “Será mais uma contribuição da ciência arqueológica para a médica. Isso pode engradecer e muito o conhecimento da parasitologia”, completou.

Foto: Tomaz Silva/ Agência Brasil

Outra curiosidade é uma ampola de vidro com líquido translúcido ainda não identificado. Todo o material recolhido está acondicionado e será estudado e exposto em  trabalhos de educação patrimonial para a comunidade, como orienta o licenciamento ambiental, instituído pela Lei 6.938/81 e pela Resolução do Conama n° 237 de 19 de dezembro de 1997. Além disso, as peças serão organizadas e fotografadas para a produção de um catálogo.
Foto: Tomaz Silva/ Agência Brasil

O arqueólogo explicou que o aprofundamento da origem dos artefatos pode ajudar a estabelecer explicações para contatos entre sociedades diferentes, relações de comércio antes desconhecidas, Prado de Mello ainda tem esperanças de encontrar vestígios pré-coloniais na área. “Um sepultamento indígena, um acampamento indígena, do século 8, pois viviam ali as tribos Jaboracyá e Kariané”, explicou o arqueólogo.