No
que arqueólogos estão chamando de “descoberta de uma vida”, um tesouro
escondido com armas do fim da Idade do Bronze que foi descoberto em um local de
construção escocês. Dentre os itens encontrados, uma ponta de lança decorada
com ouro uma espada de bronze de 3.000 anos estão em excelente estado. Os
artefatos foram encontrados durante uma avaliação arqueológica no local, em
Carnoustie, na Escócia, antes da construção de dois campos de futebol. A firma
contratada para fazer o trabalho, GUARD Archaeology, diz que o tesouro de obras de metal antigas
é uma “descoberta rara e internacionalmente significativa”. Os itens foram
encontrados em um poço, próximo ao Assentamento da Idade do Bronze, atualmente
sendo escavado por arqueólogos.
A ponta de lança decorada com ouro.
A
ponta de lança foi encontrada próxima a uma espada de bronze, um alfinete e a
bainhas. Todos os itens, com cerca de 3 mil anos de idade, são
arqueologicamente significativos, mas a presença da ponta de lança decorada com
ouro é excepcional. “Os mitos celtas mais antigos frequentemente destacavam o
reflexo e o brilho das armas heróicas”, explicou Blair, em entrevista à BBC. “A decoração de ouro
provavelmente foi acrescentada a essa ponta de lança de bronze para exaltá-la
tanto por meio da raridade do material quanto por seu impacto visual.”
Espada de bronze de 3 mil anos, ao lado de
restos de uma bainha.
Outras
descobertas excepcionais incluem restos orgânicos bem preservados, como, por
exemplo, uma bainha de couro e madeira que envelopava a espada. O acessório foi
considerado a bainha do fim da Idade do Bronze encontrada em melhor estado na
Grã-Bretanha. Os arqueólogos também encontraram uma pele envolta na ponta da
lança e tecidos em torno do pino e da bainha. Itens orgânicos como esses
raramente sobrevivem por tanto tempo no solo. Baseado na evidência arqueológica
parece que homens viveram nesse ponto em particular por um tempo
excepcionalmente grande. A escavação revelou o maior salão neolítico já
encontrado na Escócia, uma construção que data de por volta de 4.000 a.C. A
estrutura, escrevem os pesquisadores, “pode ser tão velha para as pessoas que
enterraram as armas quanto essas pessoas são para nós”.
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