terça-feira, 22 de agosto de 2017

TESOURO ENCONTRADO EM NAUFRÁGIO DO SÉCULO XIX: BARRAS DE OURO E MOEDAS ANTIGAS



Um navio recheado de tesouros jaz no leito do oceano Atlântico há mais de 150 anos. O casco afundado, na costa da Carolina do Sul, nos Estados Unidos, rendeu até agora 45 barras de ouro, 47 joias, mais de duas mil moedas de ouro e perto de 11.500 moedas de prata. Outros itens foram recuperados, como um par de óculos e 60 fotografias antigas feitas em placas de vidro. O navio, o SS Central America, partiu de Nova York em setembro de 1857 quando um furacão o afundou com 425 pessoas e toneladas de ouro californiano a bordo. Depois que o descobridor original tornou-se fugitivo da lei em 2012, um tribunal de Ohio determinou um depositário judicial, Ira O. Kane, advogado e empresário de Columbus, encarregado de recuperar o máximo possível do tesouro para os credores e investidores. O depositário contratou uma empresa para revisitar o naufrágio.
 

Desde abril, a companhia Odyssey Marine Exploration, de Tampa, na Flórida, vem utilizando um robô no local e já trouxe cinco barras de ouro pesando 30 quilos. Até agora, a Odyssey já apresentou três relatórios mensais sobre suas tentativas de recuperação. Os relatórios da Odyssey têm fotos coloridas do naufrágio e do tesouro encontrado. A maior barra de ouro recuperada até agora mede cerca de 25 centímetros, pesando dez quilos – somando US$ 415 mil pela cotação atual do ouro. Entre as jóias está um anel de ouro com seis espirais entrelaçadas – criação comum de joalheiros séculos atrás, geralmente como alianças de casamento.
 

Uma grande descoberta ainda enterrada no fundo do mar é um enorme cofre de ferro, cuja porta foi corroída depois de mais de um século na água salgada. A equipe dirigiu o grande robô, equipado com braço manipulador, para abrir a porta. O cofre continha vários itens. Dois pacotes menores, amarrados com barbante cheios de papéis que serão estudados num laboratório de conservação. Uma pistola e duas bolsas de tecido de algodão muito bem embaladas, contendo moedas e pepitas de ouro. Uma bolsa de tecido foi aberta revelando uma pequena fortuna em moedas de ouro conhecidas como águias duplas, cujo valor era de US$ 20 no século XIX. Hoje, moedas de procedência similar são vendidas entre US$ 9.500 e US$ 110 mil o exemplar. A bolsa continha 134 delas. Outro achado foi um sextante, equipamento de navegação utilizado na época.

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