Um
navio recheado de tesouros jaz no leito do oceano Atlântico há mais de 150
anos. O casco afundado, na costa da Carolina do Sul, nos Estados Unidos, rendeu
até agora 45 barras de ouro, 47 joias, mais de duas mil moedas de ouro e perto
de 11.500 moedas de prata. Outros itens foram recuperados, como um par de
óculos e 60 fotografias antigas feitas em placas de vidro. O navio, o SS
Central America, partiu de Nova York em setembro de 1857 quando um furacão o
afundou com 425 pessoas e toneladas de ouro californiano a bordo. Depois que o
descobridor original tornou-se fugitivo da lei em 2012, um tribunal de Ohio
determinou um depositário judicial, Ira O. Kane, advogado e empresário de
Columbus, encarregado de recuperar o máximo possível do tesouro para os
credores e investidores. O depositário contratou uma empresa para revisitar
o naufrágio.
Desde
abril, a companhia Odyssey Marine Exploration, de Tampa, na Flórida, vem
utilizando um robô no local e já trouxe cinco barras de ouro pesando 30 quilos.
Até agora, a Odyssey já apresentou três relatórios mensais sobre suas
tentativas de recuperação. Os relatórios da Odyssey têm fotos coloridas do
naufrágio e do tesouro encontrado. A maior barra de ouro recuperada até agora
mede cerca de 25 centímetros, pesando dez quilos – somando US$ 415 mil pela
cotação atual do ouro. Entre as jóias está um anel de ouro com seis espirais
entrelaçadas – criação comum de joalheiros séculos atrás, geralmente como
alianças de casamento.
Uma
grande descoberta ainda enterrada no fundo do mar é um enorme cofre de ferro,
cuja porta foi corroída depois de mais de um século na água salgada. A equipe
dirigiu o grande robô, equipado com braço manipulador, para abrir a porta. O
cofre continha vários itens. Dois pacotes menores, amarrados com barbante
cheios de papéis que serão estudados num laboratório de conservação. Uma
pistola e duas bolsas de tecido de algodão muito bem embaladas, contendo moedas
e pepitas de ouro. Uma bolsa de tecido foi aberta revelando uma pequena fortuna
em moedas de ouro conhecidas como águias duplas, cujo valor era de US$ 20 no
século XIX. Hoje, moedas de procedência similar são vendidas entre US$ 9.500 e
US$ 110 mil o exemplar. A bolsa continha 134 delas. Outro achado foi um
sextante, equipamento de navegação utilizado na época.
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