Moradores encontraram as relíquias após fortes
chuvas levarem até o mar lama que estava represada em um mangue. Quem nunca sonhou em encontrar um
tesouro perdido? Os banhistas da Praia do Pontal do Peba, que fica no Litoral
Sul de Alagoas, têm vivenciado um pouco dessa experiência. É que depois que as
fortes chuvas levaram parte da areia, onde antes era um mangue, vários objetos
antigos ficaram à mostra e despertaram a curiosidade dos moradores. São várias
preciosidades. Peças de brincos, pulseiras, anéis e até moedas antigas dos anos
de 1823 e 1953 foram encontradas. Depois que os primeiros objetos foram
revelados nas areias, os pescadores, que antes saíam à procura dos peixes, agora
se dedicam à busca das antiguidades. "O menino ia passando por aqui e aí
encontrou a moeda. Fiquei ansioso e fui olhar a moeda, aí acabei pesquisando aí
vi que a moeda tinha mais de 100 anos", contou o pescador Johny dos
Santos. O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em
Alagoas informou que encaminhou um ofício para a Marinha informando sobre o
acontecido, uma vez as relíquias estavam na água. O G1 entrou em contato
com a Marinha para saber quais medidas serão tomadas, mas ainda não teve
resposta.
A
busca pelo tesouro da Praia do Peba tem a cada dia um novo capitulo com achado
de joias e moedas antigas. Desta vez um anel de ouro com brilhantes foi o
grande achado ocorrido ontem, além de pulseiras e gargantilhas, que surgem
quando a maré baixa descobrindo o solo argiloso, que tem sob o mar e as areias
do peba, em uma localidade conhecida como Massapê. No início dessa semana foi
encontra uma das moedas mais antigas do tesouro da Praia do Peba, que data de
1753. Tudo começou com a mudança da maré e dos ventos que proporcionaram
que uma parte das areias da praia fossem descobertas fazendo surgir moedas
antigas e joias que brilhavam sob o sol. O achado do anel de ouro com
brilhantes foi acompanhado também de pedaços de vasos e pratos antigos o que
caracteriza que no local havia uma habitação que provavelmente foi destruída
com o avanço do mar, que ocorreu com o recuo das águas do rio São Francisco em
sua Foz. Toda geografia do litoral da região, dos dois lados da Foz do São
Francisco sofreu uma grande mudança, devido a construção das barragens da
Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf). Várias partes do continente
estão agora cobertos pelas águas do Oceano Atlântico, que avançaram destruindo
povoados inteiros como o Cabeço, que existia na Foz do São Francisco e o mesmo
deve ter ocorrido na Praia do Peba.
Do
lado sergipano da Foz do São Francisco o cemitério e um conjunto de 100 casas
além do antigo farol de sinalização estão agora dentro do mar. O farol de
Cotegipe é uma obra de arte todo em bronze, fabricado ainda durante o Brasil. O
velho Farol ainda permanece firme, mesmo com os seus 143 anos de idade,
enfrentando a força do mar. Trata-se do velho farol de Cotegipe, que foi
erguido em 1873, pelo ministro do Império brasileiro, João Maurício Wanderley,
o barão de Cotegipe, por ordem do imperador Dom Pedro II. O achado do chamado
“tesouro da Praia do Peba”, chamou a atenção da mídia nacional que já deslocou
para Piaçabuçu equipes de TV. Entretanto só não as autoridades públicas e
instituições como o Instituto do Patrimônio Histórico Nacional (Iphan) se
preocuparam em preservar o local e realizar pesquisa sobre o assunto.
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