Confirmado oficialmente só agora, “Santo Graal” dos naufrágios afundou há 310 anos com uma carga de ouro, prata e esmeraldas. Um galeão espanhol transportando um tesouro, que afundou no fundo do mar do Caribe há mais de 300 anos, foi encontrado com a ajuda de um robô autônomo submarino. Por extenso: dezessete bilhões de dólares. Equivalente ao PIB, o total produzido pela economia, de um país como Moçambique. O valor estimado é 34 vezes maior que o segundo mais rico naufrágio já tirado do mar, o Nuestra Señora de Las Mercedes, encontrado em 2007, que rendeu US$ 500 milhões em artefatos recuperados. O galeão San José foi ao fundo após ser abatido por uma esquadra britânica na Ação de Wager, em 8 de junho de 1708. Era a Guerra de Sucessão Espanhola, na qual uma disputa após a morte do rei Carlos II, sem filhos, levou a uma guerra internacional entre as facções Bourbon e Habsburgo, apoiadas por duas coalizões. A Inglaterra, com o Sacro Império Romano-Germânico, a República Holandesa e Portugal, estava a favor dos Habsburgo. A França era o principal aliado dos Bourbon, a quem pertencia o navio. De 600 tripulantes do San José, 11 sobreviveram. O resto foi a fundo com uma gigantesca carga de ouro, esmeraldas e prata tirada das colônias espanholas.
A localização exata do naufrágio do navio do século 18
tem sido um dos mais misteriosos marítimos da história, mas foi
encontrada ao largo da costa da Colômbia pelo robô subaquático da Woods Hole
Oceanographic Institution.
Rob Munier, vice-presidente de instalações e operações
marinhas da WHOI, disse: “Estamos mantendo isso em segredo por respeito ao
governo colombiano. "Foi um sentimento
muito forte de gratificação para finalmente encontrá-lo." O
naufrágio foi detectado no final de 2015 na Península de Baru, Colômbia.
Só agora saiu a confirmação oficial. O arqueólogo em questão foi o
submarino Remus 6000 — o mesmo usado para encontrar, em 2011, a carcaça do
Airbus A330 do voo 447 Air France, que caíra dois anos antes perto do
arquipélago de São Pedro e São Paulo, em Pernambuco. A expedição foi
obra da Instituição Oceanográfica Woods Hole, dos EUA, com a autorização das
autoridades locais. “Mantivemos o segredo em respeito ao governo colombiano”,
afirmou o vice-presidente da WHOI, Rob Munier, à Associated
Press.
O tesouro de £ 12,6 bilhões de San José é o tema de
batalhas legais entre várias nações e empresas privadas. O naufrágio
foi encontrado em novembro de 2015 pelo veículo submarino autônomo da WHOI, o
REMUS 6000 - que já foi usado para encontrar os destroços da Air France 447 que
caiu em 2009 na costa do Brasil. Depois de tomar
imagens de sonar laterais, o REMUS 6000 encontrou o San José em mais de 2.000
pés (600 metros) de água. O veículo autônomo
desceu até 10 metros do naufrágio para tirar fotografias, incluindo algumas das
distintas gravuras de golfinhos nos canhões de San José, que formaram uma peça
chave de evidência visual para identificar o galeão.
O San José era um galeão de três mastros que ostentava um
impressionante arsenal de 62 canhões, mas em 8 de junho de 1708 foi derrotado
por navios britânicos e seus 600 tripulantes e seu tesouro de ouro, prata e
esmeraldas, afundou no fundo do mar. o caribenho. Mike Purcell,
líder de expedição e engenheiro da WHOI, disse: “Os destroços eram parcialmente
cobertos de sedimentos, mas com as imagens das câmeras de missões de baixa
altitude, pudemos ver novos detalhes nos destroços e a resolução foi boa o
suficiente para fazer a escultura decorativa nos canhões. Ainda resta
saber quem é o dono dessa bolada toda. A ONU já pediu para o governo da
Colômbia não explorar o naufrágio comercialmente. A Espanha está também
interessada, já que era sua propriedade então. Segundo reportagem da Bloomberg, o
mesmo pode
ser clamado pela França, na batalha com a Espanha, ou o outro
lado, Holanda e Inglaterra, que receberiam o butim do vencedor. Por hora, por
razões óbvias, a localização exata e profundidade exatas do naufrágio continuam
a ser segredo de Estado.
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