Sabará tem
origem num arraial de bandeirantes que
apareceu no fim do século XVII. O povoado cresceu
e foi criada a freguesia em 1707, que foi elevada
a vila e município em 1711, com o nome de Vila Real de Nossa Senhora da Conceição do
Sabará. É cidade desde 1838. O princípio da
história de Sabará está ligado à descoberta de ouro na região, então
conhecida como Sabarabuçu, em finais do século XVII
e à presença de Borba Gato, que ali permaneceu após a morte
de Fernão Dias e que veio a ser o seu
primeiro guarda-mor.
Predomina, hoje, a versão de que, quando o
bandeirante paulista lá chegou, já encontrou uma povoação e que o núcleo urbano
por ele criado foi, na verdade, Santo Antônio do Bom Retiro da Roça Grande, que
está um pouco antes da entrada de Sabará, do outro lado do Rio das
Velhas. A origem do
nome é bastante controvertida. O viajante inglês Richard Burton ouviu, em 1867,
que ele teria sido tomado de um velho pajé que ali viveu em tempos
remotos. Outro viajante, o sábio francês Saint-Hilaire, também dá uma versão pouco
consistente, misturando corruptelas de termos indígenas.
Segundo o historiador
mineiro Diogo de Vasconcelos, o nome tem a ver com
as particularidades geográficas da junção de um rio menor com um rio maior,
como ocorre no sítio em que a cidade foi criada, onde o ribeirão Sabará deságua no rio das
Velhas. Isso é bem mais aceitáveis sabedores que somos de que os
índios brasileiros das mais diversas nações sempre identificavam os acidentes
geográficos compondo nomes, conforme a figuração ou ideia concreta ou abstrata
que tais acidentes sugeriam.
Sabará foi
elevada a categoria de vila por Antônio de Albuquerque, logo após o fim
da Guerra dos Emboabas, juntamente com o Ribeirão do Carmo e Vila Rica.
Como sede de comarca de uma importante região aurífera, possuía a sua
odiada casa de fundição, para onde deveria ser levado
todo o ouro extraído
na região para ser fundido em barras e devidamente taxado. A antiga comarca de
Sabará era a maior de Minas Gerais, atingindo até a região de Paracatu e
o Triângulo Mineiro.
No princípio
do século XIX, Sabará era dividida em cidade velha
e cidade nova. A cidade velha era a região onde hoje ficam as igrejas de Nossa Senhora do Ó e Nossa Senhora da Conceição e a cidade
nova era a região que abrange o centro histórico e a parte baixa, em direção ao
rio.
Foi em Sabará
que morreu um dos delatores da Inconfidência Mineira, o coronel do
regimento de auxiliares de Paracatu, Basílio de Brito Malheiro do Lago.
Morreu amaldiçoando o Brasil e os brasileiros e temendo ser emboscado em algum
beco escuro, punido pelo povo de Sabará pela sua vil delação. Daqui também saiu
um dos mais implacáveis da Inconfidência, o desembargador César Manitti, ouvidor
da Comarca e
escrivão do tribunal que condenou os inconfidentes.
Sabará é a cidade histórica
mineira mais próxima da capital. Uma das características marcantes do lugar é a
receptividade de sua gente. Caminhando pelo centro histórico, é possível seguir
por vias estreitas de paralelepípedos e se defrontar com construções do século
XVIII. O município oferece atrativos para turistas que buscam resgatar um pouco
da história de Minas ou apoiar a sua fé, visitando as suas igrejas. A vida
noturna também é muito ativa, principalmente nas praças Melo Viana e Santa
Rita.
Percorrendo a Estrada Real,
o viajante se depara com muitas lendas e “causos” que vêm de tempos antigos,
passados de geração em geração e se perdem entre a linha tênue que divide o
sonho e a memória. No Caminho do Sabarabuçu não
é diferente. Na cidade de Sabará,
em Minas Gerais, fica a Igreja de Nossa Senhora do Rosário, um
edifício inacabado cuja construção envolve muitos mistérios.
Sabemos que as
paredes de pedra começaram a ser erguidas em 1.757 pela irmandade de padres
locais. Sabemos também que a obra durou mais de 100 anos e foi interrompida
definitivamente em 1.886. As fontes oficiais creditam a morosidade da obra e
seu fim à falta de recursos da Irmandade
de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos da Barra do Sabará. No
entanto, os locais têm outra história para contar aos turistas — mais
interessante e misteriosa. Durante boa parte da construção, a mão de obra utilizada provinha de
homens negros escravizados e muitos pereceram no local.
Então, depois das Leis que, aos poucos, foram concedendo liberdade aos
escravos, os homens brancos ricos da região tentaram continuar as obras da
igreja, mas não conseguiram, devido a intervenções sobrenaturais. Segundo a
lenda, as paredes
que os trabalhadores livres erguiam durante o dia eram derrubadas durante a
noite pelas almas dos escravos que ali morreram. Assim, a construção não avançava e teve que, por fim, ser abortada completamente. No minimo ...muito estranho!
Fontes:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Sabar%C3%A1
https://medium.com/localizahertz/conhe%C3%A7a-a-lenda-da-igreja-nossa-senhora-do-ros%C3%A1rio-942e96e58b9a
https://medium.com/localizahertz/conhe%C3%A7a-a-lenda-da-igreja-nossa-senhora-do-ros%C3%A1rio-942e96e58b9a
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