quinta-feira, 14 de setembro de 2023

DETECTORISTA AMADOR USANDO HOBBY COMO TRATAMENTO MÉDICO ENCONTROU FABULOSO TESOURO DE 1500 ANOS.

 

COPENHAGUE, Dinamarca (AP) – A princípio, o norueguês pensou que seu detector de metais reagia a dinheiro de chocolate enterrado no solo. Acabou sendo nove pingentes, três anéis e 10 pérolas de ouro que alguém poderia ter usado como joias vistosas há 1.500 anos. A rara descoberta foi feita neste verão por Erlend Bore, de 51 anos, na ilha de Rennesoey, no Sul, perto da cidade de Stavanger. Bore comprou seu primeiro detector de metais no início deste ano para ter um hobby, depois que seu médico ordenou que ele saísse em vez de sentar no sofá. Ole Madsen, diretor do Museu Arqueológico da Universidade de Stavanger, disse que encontrar “tanto ouro ao mesmo tempo é extremamente incomum”.

 


Em agosto, Bore começou a caminhar pela ilha montanhosa com seu detector de metais. Um comunicado divulgado pela universidade disse que ele primeiro encontrou alguns restos, mas depois descobriu algo que era “completamente irreal” – o tesouro pesando pouco mais de 100 gramas (3,5 onças). De acordo com a lei norueguesa, os objetos anteriores a 1537 e as moedas anteriores a 1650 são considerados propriedade do Estado e devem ser entregues. O professor associado Håkon Reiersen do museu disse que os pingentes de ouro – medalhas de ouro planas, finas e unilaterais chamadas bracteates – datam de cerca de 500 d.C., o chamado Período de Migração na Noruega, que vai entre 400 e cerca de 550, quando havia migrações generalizadas na Europa.

 
Os pingentes e as pérolas de ouro faziam parte de “um colar muito vistoso” feito por joalheiros qualificados e usado pelos mais poderosos da sociedade, disse Reiersen. Ele acrescentou que “na Noruega, nenhuma descoberta semelhante foi feita desde o século XIX, e é também uma descoberta muito incomum no contexto escandinavo”. Um especialista em tais pingentes, o professor Sigmund Oehrl, do mesmo museu, disse que cerca de 1.000 brácteas douradas foram encontradas até agora na Noruega, Suécia e Dinamarca. Ele disse que os símbolos nos pingentes geralmente mostram o deus nórdico Odin curando o cavalo doente de seu filho. Nos de Rennesoey, a língua do cavalo fica pendurada nos pingentes de ouro e “sua postura caída e as pernas torcidas mostram que ele está ferido”, disse Oehrl. “O símbolo do cavalo representava doença e angústia, mas ao mesmo tempo esperança de cura e nova vida”, acrescentou. O plano é expor a descoberta no Museu Arqueológico de Stavanger, cerca de 300 quilômetros (200 milhas) a sudoeste de Oslo.

 

Fonte: https://apnews.com/article/norway-archaeological-find-gold-203c2728d494ec7


quinta-feira, 7 de setembro de 2023

O FAZENDEIRO QUE MANTEVE UM METEORITO AVALIADO EM R$ 400 MIL COMO PESO DE PORTA POR DÉCADAS.

 


Meteoritos são pedaços de detritos espaciais naturais que se desprendem de asteroides ou cometas, caem na atmosfera da Terra e atingem a superfície do planeta. E também podem ser altamente valiosos. No entanto, por cerca de 30 anos, um fazendeiro do Michigan, nos Estados Unidos, manteve a rocha espacial com uma utilidade um tanto quanto inusitada: peso de porta. Entretanto, tudo mudou quando ele descobriu que o detrito valia mais de R$400 mil. Em 1988, David Mazurek, um homem de Grand Rapids, comprou uma fazenda em seu estado natal, o Michigan. Durante a visita pelo terreno, o antigo proprietário lhe apresentou as belezas e peculiaridades do espaço. Um desses exemplos era uma estranha rocha de 10 quilos usada como peso de porta de um balcão, aponta matéria do Science Alert. A surpresa aconteceu quando Mazurek perguntou sobre a pedra. O então dono da fazenda explicou: na década de 1930, ele e seu pai viram um objeto iluminar os céus naquela noite em sua propriedade e "fazer um baita barulho". Na manhã seguinte, eles foram averiguar o que aconteceu e encontraram uma cratera no terreno. De acordo com o antigo proprietário, tratava-se de um meteorito que havia caído no local. Ele ainda relatou que o detrito espacial ainda estava quente quando foi localizado. Sem encontrarem utilidade para aquilo, acabaram usando a rocha como peso de porta por anos. A pedra acabou sendo vendida como parte do imóvel. David relutou em acreditar na história e passou a tratar a versão mais como uma 'lenda' do que qualquer outra coisa. Assim, o fazendeiro continuou usando o meteorito como peso de porta por mais 30 anos.


Em 2018, Mazurek viu relatos sobre a queda de meteoritos em outra região e a história sobre a pedra misteriosa de sua propriedade veio à tona novamente. Por conta disso, levou a rocha para ser examinada pela Universidade Central de Michigan (CMU). “Percebi imediatamente que se tratava de algo especial", relatou a geóloga Mona Sirbescu, em nota divulgada pelo CMU. "É o espécime mais valioso que já tive na minha vida, financeira e cientificamente." Durante anos, Sirbescu conta que recebeu inúmeros pedidos para que uma rocha fosse examinada, mas, normalmente, as solicitações não resultaram em histórias entusiasmantes. “Durante 18 anos, a resposta que dei foi categoricamente ‘não... não se trata de meteoritos’.” Mas dessa vez tudo foi diferente. A rocha espacial foi apelidada de meteorito Edmore, sendo uma das maiores já encontradas na região. O detrito espacial é composto de 11,5% de níquel e 88,5% de ferro. “O que normalmente acontece com eles neste momento é que os meteoritos podem ser vendidos e exibidos em um museu ou vendidos para colecionadores e vendedores que buscam obter lucro”, apontou a geóloga. E foi exatamente isso que David Mazurek. Afinal, seu meteorito foi avaliado em 80 mil dólares — algo na casa dos 400.000 reais. O meteorito acabou sendo vendido pelo valor ao Planetário Abrams da Universidade Estadual de Michigan. O fazendeiro ainda doou 10% do valor ao departamento de ciências terrestres e atmosféricas da CMU, onde Sirbescu atua.

 

Fonte: https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/almanaque/o-fazendeiro-que-manteve-meteorito-como-peso-de-porta-por-decadas.phtml