segunda-feira, 29 de agosto de 2016

O BRASIL NÃO FOI DESCOBERTO EM 1500, MAS MUITO ANTES!



Pode parecer estranho, mas o Brasil não "existe" só a partir de 1500, com a chegada de Pedro Álvares Cabral e companhia. Também não estamos falando dos índios que aqui moravam quando os portugueses chegaram. A arqueologia brasileira é vasta em achados: temos fósseis de mais dez mil anos, isso sem falar em desenhos rupestres e restos de fogueiras que podem ser os mais antigos da América, que contestam inclusive as teorias norte-americanas sobre a entrada dos primeiros povos no continente. Por que, então, esta faceta brasileira é tão pouco valorizada? A resposta pode estar na cultura. “No Brasil, nosso olhar é sempre do país do futuro, ocorre um apagamento do passado. Diferente de países como México e Peru, o Brasil é construído e pensado a partir da chegada dos portugueses. A gente apaga tudo o que veio antes. Por isso que temos essa relação com as comunidades indígenas, de apagamento e exclusão. A partir do momento que você divulga a idéia de que o Brasil é miscigenado você apaga tudo que vem antes"

"Nós temos nosso Machu Pichu que é a Serra da Capivara. Falta vontade para divulgar". A frase de Louise Affonso mostra um pouco da realidade de um dos maiores parque de sítios arqueológicos do mundo e patrimônio mundial da Unesco.Localizado no Piauí, a 510 km de Teresina, o Parque Nacional da Serra da Capivara reúne pinturas rupestres de milhares de anos, além de uma região com vegetação e paisagem que impressionam. Mas por que vive em constante risco de fechar e é pouco visitado?


Em agosto, a Fumdham (Fundação Museu do Homem Americano), responsável pelas pesquisas e manutenção do local, disse que, por causa da falta de verbas, fecharia as portas. O parque, contudo, segue aberto, mas pode ver sua qualidade cair bastante. O número pequeno de visitantes (até 20 mil por ano) pode ser atrelado à falta de divulgação, mas também à falta de estrutura local. "Falta divulgação, mas sou a primeira a dizer que não adianta. Se você faz muita divulgação, vai criar expectativa, gente querendo vir e não tem onde receber. Não se pode provocar a vinda de turistas enquanto a hotelaria não for melhor, restaurante não for melhor. A cidade mais próxima, São Raimundo do Nonato, tem esgoto a céu aberto. Para mim, criando as condições de funcionamento dos acessos, a estrutura da cidade e de hotelaria, o público vai vir", diz Rosa Trakalo, coordenadora de Projetos da Fumdham.
 


Um aeroporto próximo ao parque foi inaugurado após promessas desde o fim da década de 90, mas, segundo a coordenadora da Fumdham, só leva aviões de até nove passageiros que saem lotados de Teresina rumo a outras escalas. As estradas da região sofrem com buracos e más condições, apesar de incentivos do governo local. Infraestrutura hoteleira e de restaurantes quase não existem na área. "A verdade é que não sei dizer o que falta. Eu não acho que seja mal divulgado, vemos reportagens especiais sobre o parque. Nunca vai ser um turismo de massa, isso é evidente. Aquela pessoa que quer pegar um sol na praia com cerveja do lado não quer vir aqui. Mas em um país com mais de 200 milhões de habitantes vai ter muito interessado. Falta criar estruturas e depois fazer publicidade paga. Inclusive se vierem grupos de hotelaria grandes, eles mesmos vão divulgar", desabafa Rosa.


 
Você sabia que o Brasil tem um "stonehenge" próprio? E que a costa do Sul e do Sudeste tem várias estruturas pré-históricas ignoradas até por moradores da região? Pois é. O Brasil tem importantes registros arqueológicos, mas enfrenta um grande problema em relação aos concorrentes: não existem grandes monumentos que por si só despertam a curiosidade de turistas. Por aqui, não há pirâmides misteriosas como no Peru, Egito ou no México. Sem isso, o que sobra para o turista? O principal local de turismo arqueológico no país é mesmo a Serra da Capivara, que tem vestígios humanos, como pinturas rupestres e fogueiras, que teriam mais de 40 mil anos, segundo estudos.



Mas o país é riquíssimo também em outros achados, como os de Santa Elina, que mostram a presença do homem por aqui muito antes do que diz a teoria que o homem teria chegado às Américas pelo estreito de Bering, entre os EUA e a Rússia, há 13 mil anos. O crânio de Luzia, encontrado em Minas Gerais, mostra a presença do homem na América do Sul há cerca de 12 mil anos - o que também não era esperado pela teoria norte-americana. O Brasil conta ainda com sambaquis pelo litoral do Sul e Sudeste -- montes de conchas e ossos de animais que muitos nem sabem que são estruturas arqueológicas. Mas, em sua maioria, nossa arqueologia é formada por sedimentos como pedras lascadas e afins, que não geram apelo ao visitante comum.


Se a gente for comparar o Brasil com o México, não quer dizer que os indígenas deles sejam melhores, quer dizer que as condições geográficas deles obrigaram a construir casas de pedras que duram até hoje. No Brasil, nossos indígenas moravam em lugar de material orgânico. Os sítios que nós temos com mais apelo são de arte rupestre. Grande sítio era de pedra lascada. “A maioria é um pasto e as coisas que a gente coletou têm pouco apelo para turismo”

domingo, 28 de agosto de 2016

ENCONTRADOS OS RESTOS DA MAIS SANGRENTA BATALHA DA IDADE DO BRONZE



Crânios golpeados, ossos estilhaçados, setas cravadas em esqueletos: restos encontrados na Alemanha revelam a mais antiga, maior e mais brutal batalha da Idade do Bronze. Restos humanos encontrados no noroeste da Alemanha traçam o cenário da mais antiga e mais sangrenta batalha da Idade do Bronze jamais descoberta. Os crânios partidos e ossos fraturados de cerca de uma centena de pessoas foram encontrados no vale do rio Tollense, em Mecklemburgo, na Pomerania Ocidental.





Os arqueólogos responsáveis pela descoberta recuperaram do fundo do rio armas de sílex e bronze, como pontas de setas e lanças, alojadas nos esqueletos, bem como armas de madeira parecidas com bastões e maços rudimentares. O achado inicial foi feito em 2011 por Detlef JantzenThomas Terberger, investigadores do Centro Alemão de Arqueologia Báltica e Escandinava, e publicada na Antiquity, revista arqueológica da Universidade de Cambridge.
 
 
Desde então, a grande quantidade de restos recuperados revelou a dimensão da sangrenta batalha, que os arqueólogos acreditam que terá tido lugar há aproximadamente 3.200 anos. Segundo os investigadores, os restos indiciam uma violenta batalha corpo-a-corpo, entre duas tribos desconhecidas, que provavelmente não eram oriundas da região. “Há bastantes indícios do que se passou imediatamente antes de estas pessoas morrerem, e os mortos não estão enterrados de uma forma habitual“, diz ao The Daily Mail o arqueólogo Harald Lubke, um dos autores da descoberta.



Segundo Lubke, a batalha poderá na realidade ter ocorrido a montante do local da descoberta e os restos terem sido arrastados pelo rio. “É provável que venhamos ainda a encontrar mais restos rio acima“, diz Lubke. Aparentemente, de fato, uma batalha de proporções épicas.


terça-feira, 23 de agosto de 2016

A MAIS ANTIGA IMAGEM DE JESUS CRISTO PODE TER SIDO ACHADA EM UMA CAVERNA DA JORDÂNIA



O descobridor e dono dos códices de bronze é Hassan Saida, um caminhoneiro beduíno que vive na aldeia árabe de Umm Al-Ghanim, Shibli. Ele se negou a vender as peças e só cedeu amostras para que sejam analisadas no exterior. Entretanto, há toda uma disputa pela propriedade e posse dos livros. O dono alega que pertencem à sua família há um século, fato contestado por outros, segundo “The Telegraph”.

 
O governo jordaniano apoia as investigações porque, segundo Ziad al-Saad, diretor do Departamento Jordaniano de Antiguidades, os códices “realmente se comparam, e até são mais significativos que os rolos do Mar Morto”. E acrescenta que podem constituir “a mais importante descoberta na história da arqueologia”.

 
Enquanto que os rolos do Mar Morto foram feitos em pergaminho ou papiro e contêm as mais recentes versões dos livros da Bíblia e outros textos no formato tradicional dos escritos judaicos, isto são rolos, estes códices estão organizados como livros, forma associada com o cristianismo nascente. Ziad al-Saad acredita que os autores foram seguidores de Nosso Senhor Jesus Cristo que trabalharam poucas décadas depois da crucificação. 




Então, o rosto reproduzido seria bem a Sagrada Face de Jesus Cristo coroado de espinhos feito por um contemporâneo do Redentor. As partes escritas estão criptografadas em caracteres hebreus e gregos antigos para serem indecifráveis, segundo o “Daily Mail”.




Uma das imagens mais impressionantes apresenta um homem na força da vitalidade, cabelo solto e cacheado, levando na cabeça aquilo que parece ser uma coroa de espinhos. Esta imagem extraordinária seria a mais antiga reprodução do rosto de Nosso Senhor Jesus Cristo. Ela talvez fosse feita por alguém que o conheceu ou o viu pessoalmente.


A imagem tem relevo dando a impressão tridimensional de uma cabeça humana, que um lado é apresentado pela frente e do outro por trás. Em volta dos dois lados há inscrições criptografadas. Mas uma parece conter as palavras “Salvador de Israel”, uma das poucas inscrições até agora decifradas. Uma palmeira parece simbolizar a Casa de David ‒ a Casa Real de Israel de quem Nosso Senhor era legítimo chefe, portanto, rei de Israel por direito ‒ acompanhada por linhas que formam cruzes. Sucessivas estrelas representariam a Árvore de Jessé – ou seja, a árvore genealógica de Cristo. A Dra. Margaret Barker, ex-presidente da Sociedade de Estudos sobre o Antigo Testamento, apontou que o judaísmo proíbe as imagens com feições humanas.


Os livros, portanto, só poderiam ser cristãos. David Feather, especialista em metalurgia e nos rolos do Mar Morto propôs que amostras dos livros fossem examinadas pela Universidade de Oxford. As amostras também foram analisadas pelo Swiss National Materials Laboratory, de Dubendorf, Suíça. Os resultados dos dois laboratórios concordam em que a época de fabrico dos livros metálicos remonta ao período romano e foram trabalhados na área do Mediterrâneo. Uma peça de couro encontrada junto com os livros metálicos foi submetida aos testes de datação de carbono. Estes apontaram uma idade de pouco menos de 2.000 anos. Desta maneira, proviria de uma época muito vizinha à pregação de Nosso Senhor Jesus Cristo.


sexta-feira, 19 de agosto de 2016

POR QUE O MINEIRO TRABALHA EM SILÊNCIO!


É sempre interessante descobrir na história a origem de certas expressões de linguagem que usamos até hoje. Veja como se formou a fama dos mineiros. Em 1714, as Minas Gerais faziam parte da Capitania de São Paulo e, após a descoberta de ouro, a região foi dividida em três comarcas. Dentre os marcos divisórios instalados, havia um cruzeiro - cruz de ferro - no alto do Monte Caxambu, na estância hidromineral de mesmo nome. Ele indicava a divisa entre as comarcas do Rio das Mortes, em São João Del Rei, e da Vila de Santo Antonio de Guaratinguetá, no Vale do Paraíba.



Em decorrência da Guerra dos Emboabas, em 1720, criou-se a capitania independente das Minas Gerais, que tinha como referência aquele cruzeiro colocado no Monte Caxambu. Para o Norte seria Minas, para o Sul seria São Paulo. O problema para os mineiros era que isso proporcionaria aos paulistas a posse de uma grande extensão de terra nas montanhas e as bacias dos rios Grande, Verde e Sapucay - território e mananciais do interesse de Minas. 




O que fizeram os mineiros para reverter esta situação? Pegaram em armas para defender com sangue as terras disputadas? Conclamaram o povo para se insurgir contra o governo? Não, nada disso. Pacíficos e matreiros como são os mineiros, os membros da Câmara de São João Del Rei furtivamente mudaram a posição do marco, levando-o para o alto da Serra da Mantiqueira, cerca de 80 quilômetros adiante, já no lado do Vale do Paraíba, o que deu origem, mais tarde, à cidade paulista de Cruzeiro. Com esse artifício, Minas ganhou toda a região conhecida hoje como "Terras Altas da Mantiqueira".E daí vem a expressão "mineiro trabalha em silêncio", significando que aquele povo usa a esperteza e não o confronto para resolver os seus problemas.