terça-feira, 30 de maio de 2017

A JOIA ANGLO-SAXONICA DE ALFRED, O GRANDE: UM DOS TESOUROS MAIS FAMOSOS E MISTERIOSOS DA INGLATERRA




Um dos tesouros mais misteriosos e célebres da Inglaterra anglo-saxônica acredita-se que é a Joia de Alfred com mais de 1.000 anos. Foi descoberta em 1693 em um campo em North Petherton, Somerset. Feito de esmalte e quartzo, esta joia notável foi feita sob o reinado de Alfred o Grande com uma inscrição "AELFRED MEC HEHT GEWYRCAN", que significa "Alfred me ordenou fazer". É um exemplo incomum de joias anglo-saxônicas porque implora a todos os tipos de perguntas sobre de onde vieram os materiais.

                                                                    Parte da frente da Joia de Alfred.

                                                           Um exemplo incomum de joias anglo-saxônica.

A joia de duas polegadas e meio de ouro com filigrana tem uma imagem de um homem, que muitos historiadores acreditam ser uma imagem de Cristo. Em forma de lágrima, uma vez que se acreditava que essa joia era um pingente usado ao redor do pescoço. No entanto, isso significaria que a imagem de Cristo seria permanentemente pendurada de cabeça para baixo. Outra teoria é que poderia ter sido a peça central de uma coroa real, mas o cenário parecia inadequado para esse propósito. De acordo com Webster, a parte de trás da joia é uma placa de ouro plana que é gravada com um motivo de planta ou uma imagem da Árvore da Vida.


A Joia de Alfred no Ashmolean Museum, em Oxford.
 

 Datado do final do século 9.

Ao longo dos anos, foram feitas muitas sugestões sobre a função desta joia. O mais comum é que foi um ponteiro para usar para ler manuscritos. Assume-se que pode ter sido o presente de Alfred para a Abadia, que ele fundou em Athelney em 878 depois da derrota dos Vikings. Uma descrição da joia foi publicada pela primeira vez nas Transações Filosóficas da Royal Society em 1698. O coronel Nathaniel Palmer levou a joia à Universidade de Oxford e foi exibido no Museu Ashmolean em Oxford. Em 2015, depois de 297 anos, a Joia Alfred foi exibida por um mês no Museu do Somerset, no Castelo de Taunton.

 
Ilustração do século XIX da joia.

Foram encontradas seis joias semelhantes que foram feitas para o mesmo propósito. Estes incluem o Ministro Lovell Jewel, The Warminister Jewel, The Bowleaze Jewel, The Yorkshire Aestel, The Borg Aestel e The Bidford Bobbl. Em maio de 2008, as seis jóias junto com a Jóia de  Alfred foram exibidas no Winchester Discovery Center. Eles foram o centro de uma exposição dedicada às relíquias de Alfred, O Grande!

domingo, 21 de maio de 2017

O DOCUMENTO 512 E A MÍSTICA CIDADE PERDIDA DA BAHIA ONDE O MISTÉRIO AINDA CONTINUA!





Os pedidos de vários seguidores fizeram com que eu escrevesse novamente sobre o maior mistério na história do Brasil ou, como diríamos, o mais famoso mito arqueológico brasileiro é a “cidade perdida da Bahia”. O local é incerto, mas as afirmações coincidem com os detalhes de antigos viajantes que falavam de ruas calçadas e muros altos de pedras. A lenda teve início nos tempos do império, quando o governo português mandou prender Robério Dias, o Muribeca, por não querer revelar a localização de ricas minas de prata na Bahia. Há indícios, aliás, registros muito contundentes que deixam a impressão que “algo muito sério” está sendo escondido propositalmente durante vários anos. A cidade perdida do sertão baiano passou por uma pesquisa minuciosa entre os anos de 1840 e 1847. Tudo porque, um ano antes, fora encontrado pelo naturalista português Manoel Ferreira Lagos um documento envelhecido, esquecido num canto da Livraria Pública da Corte (Atual Biblioteca Nacional). Era um velho manuscrito carcomido pela passagem do tempo que hoje é catalogado com o número 512, de 10 páginas com o título: “RELAÇÃO HISTÓRICA E OCCULTA, E GRANDE POVOAÇÃO ANTIQUÍSSIMA SEM MORADORES”. A região é inóspita. Os depoimentos nem sempre coincidem, mas há vários pontos que confirmam relatos de uns e outros sobre ruínas espantosas. Apesar de não haver comprovação da realidade, os intelectuais e entusiastas acreditam que todos os esforços devem ser dedicados, pois que esses vestígios podem conduzir às grandes descobertas de um passado misterioso, não só do Brasil, mas envolvente para todo o continente sul-americano. 


 
  
A lenda

Os relatos que falam da “Lenda da Montanha de Cristal” descreve uma montanha muito brilhante. Os bandeirantes não conseguiram escalá-la, mas um negro descobrira o caminho todo calçado de pedras por dentro da montanha. Do alto, dizia o relato, avistava-se uma enorme povoação. O local mostrava-se despovoado, assim, iniciaram sua exploração. Esse único caminho de pedra levava até a entrada da fantástica cidade (prossegue o relato) até chegar à entrada com um portal que possuía três arcos de grande altura. Havia letras que não poderiam ser copiadas devido à grande altura do portal. As casas eram construídas de forma simétrica e a cidade parecia uma só propriedade. As coberturas das casas eram algumas de teto de ladrilho queimado e outras de laje. No final da rua, surgia uma praça regular com algo extraordinariamente grande: uma coluna de pedra preta bem ao centro com a estátua de um homem que apontava com o dedo indicador para o Polo Norte. Em cada canto da praça, ao estilo romano, ficavam uma agulha, algumas já destruídas pelo efeito de raios.
 


O relato continua

Outra grande figura encontrada sobre o pórtico principal da mesma rua, era coroada de louros e despida da cintura para baixo, trazendo estranhas inscrições abaixo do escudo. De ambos os lados da praça, edifícios grandiosos, sendo que o primeiro parecia um templo com figuras em relevo tais como corvos e cruzes. Muitos escombros e ruínas completavam o cenário que era encontrado, parecendo que havia acontecido um terremoto. Um grande rio passava do lado da praça, por onde os bandeirantes navegaram durante três dias até atingirem uma cachoeira. Também foi encontrada uma moeda de ouro desconhecida que trazia a gravura de um homem de joelhos. No verso da moeda, um arco, uma coroa e uma flecha. 
 


A carta fez a lenda

De volta da expedição, os bandeirantes enviaram uma carta ao Rio de Janeiro, o que originou os manuscritos encontrados em 1839. A autoria do manuscrito, segundo o pesquisador Heman Kruse e o historiador Pedro Calmon, foi conferida ao bandeirante João da Silva Guimarães, que teria percorrido os sertões da Bahia entre 1752 e 1753. Estranho é que as autoridades brasileiras, depois de todos os esforços dos tempos do império, jamais se pronunciaram sobre essa miragem fantástica que desafia nossa imaginação. Parte dela ainda pode estar lá, envolvida pela vegetação, contando uma história bem diferente do que nos é ensinada nos livros escolares.