quinta-feira, 30 de junho de 2016

HOMEM REFORMA SUA CASA E DESCOBRE UMA CIDADE SUBTERRÂNEA COLOSSAL

Quando você reconstrói um edifício, uma regra geral para se ter em mente é a de saber o que você está derrubando. Um movimento descuidado da marreta pode resultar em danos às tubulações, fiação, e vigas de suporte de carga. Ou, no caso de uma casa na Turquia em 1960, as coisas podem ficar simplesmente estranhas. Enquanto refazia sua casa em 1963, um homem na província de Nevsehir, Capadócia, na Turquia, derrubou uma parede de seu porão. Tudo parecia ocorrer normalmente até ele derrubar uma parede e se deparar com um túnel. Uma das muitas entradas dos túneis escondidos para Derinkuyu.




O que ele tinha encontrado, sem saber, era a antiga cidade subterrânea de Derinkuyu, que foi inteiramente esculpida na pedra abaixo de Cappadocia, chegando a cerca de 60 metros de profundidade. A cidade tinha 18 níveis, e incluía residências, igrejas, armazéns, adegas, e até mesmo uma escola. Ela foi projetada para abrigar cerca de 20.000 pessoas, bem como um número considerável de animais. Possui aberturas para a superfície e várias entradas discretas como o túnel encontrado atrás da parede. Estas entradas escondidas sugerem que a cidade foi construída por precaução, a fim de abrigar a população em tempos de guerra ou desastres naturais por um longo tempo.




Esta sala com o seu teto abobadado foram usados como uma escola religiosa. A cidade de Derinkuyu foi usada por populações cristãs do início da Idade Média até o início do século 20.





Uma ilustração da cidade subterrânea de Derinkuyu. Note a igreja no nível mais baixo. Cidades como esta foram usadas em tempos de perseguição cristã, de modo que artigos religiosos eram colocados em níveis mais baixos, pois se acreditava que eles protegeriam o local.




A elaborada cidade subterrânea era conectada por escadas e passagens, e até mesmo ligada a outras cidades subterrâneas através de túneis que se estendiam por quilômetros. Acredita-se ter sido inicialmente construída durante os séculos 7 e 8 A.C., mas foi frequentemente usada até meados do século XII.




A cidade também foi usada como um refúgio contra a invasão mongol em 1300 e até ao longo do século 20 pelo povo cristão que fugia de perseguições. Finalmente, foi abandonada totalmente em 1923. A maioria das entradas de Derinkuyu está escondida, e cada um dos cinco níveis pode ser fechado separadamente com enormes portas de pedra. O espaço para pecuária e lojas, bem como um eixo de 55 metros usado para tal fim, significa que os habitantes planejavam ficar lá por um longo tempo.




Uma das enormes portas de pedra que bloqueava as entradas. O buraco no centro era para auxiliar na movimentação da porta. A cidade foi construída para abrigar pessoas em tempos de conflitos. Durante tempos de paz, era usada principalmente para o armazenamento. Quando a cidade foi redescoberta, ela tinha quase sido esquecida. Desde então, tem ganhado fama como a maior das cidades subterrâneas na região.




Após a sua descoberta, a cidade foi aberta para os turistas em 1969. Hoje, cerca de metade da cidade está disponível para o público. Não há notícias sobre o que aconteceu com o seu descobridor acidental.


segunda-feira, 27 de junho de 2016

COM UM DETECTOR DE METAIS FOI DESCOBERTO UM DOS MAIORES TESOUROS ARQUEOLÓGICOS DA INGLATERRA!



Um homem usando um detector de metais descobriu o maior tesouro em ouro já encontrado na Inglaterra.  Este extraordinário achado espera responder muitas questões sobre o século VII, período da maioria das peças.   No momento acredita-se que a maioria das peças encontradas datem de 675 a 725 DC e que foram encontradas no que na época seria o Reino de Mercia. O tesouro de 1345 peças contém 5 kg de ouro [650 peças] e 2,5 kg de prata [530 peças], que é três vezes mais do que foi encontrado em Sutton Hoo, uma das escavações arqueológicas inglesas de maior importância.  ”É uma coleção de material de valor sem precedentes”, disse o arqueólogo Kevin Leahy, que trabalha com um grupo voluntário, [PAS – Public Antiquities Scheme] que cataloga tesouros encontrados pela população.






Especialistas ainda não conseguiram avaliar o tesouro por causa de seu tamanho e de sua importância.  Eles esperam poder fazer um primeiro balanço de seu valor em aproximadamente um ano. Terry Herbert, que usava um detector de metais que comprara de segunda mão há mais de uma década, encontrou o tesouro enquanto se dedicava ao passatempo de detectar metais em Staffordshire.   Terry encontrou 500 itens antes de chamar os especialistas, que então encontraram mais 800 objetos na terra.  Por razões de segurança o local exato da descoberta está sendo mantido em segredo.  Sabe-se só que é próximo a Burntwood, ao sul de Staffordshire, na parte central norte da Inglaterra.  




O tesouro estava praticamente na superfície do terreno, junto à grama, tendo subido, provavelmente, depois de a terra ter sido arada.   A maioria das peças parece ser do século VII.  O que não se sabe é quando e por que esses objetos foram enterrados.





Quase todas as peças estão relacionadas a objetos bélicos.  Há uns poucos itens de indumentária, mas nada feminino.  Há duas fivelas de ouro provavelmente usadas nas armaduras.  Alguns punhos de espadas e pedaços de capacetes estão entre as peças encontradas de maior interesse.   “A quantidade de ouro é excepcional, mas ainda mais importante, é a qualidade das peças.”, disse Kevin Leahy.  “Tudo da melhor artesania que os anglo-saxões conhecidos por sua habilidade de trabalhar em metal produziam na época.  E eram muito bons.  Pequenas granadas foram lapidadas e colocadas em grandes grupos que davam um efeito de riqueza, com muito brilho.   Todos os itens pertenceram à elite – aristocracia, realeza, mas não sabemos quem seus donos eram e porque essas peças foram enterradas. Parece uma coleção de troféus, mas é impossível saber se essas peças são o resultado de uma única pilhagem de guerra ou se o resultado de uma carreira militar de grande sucesso”.   Só o estudo e a pesquisa desses materiais poderão dizer.  Qualquer que seja a data, o fato é que esses artefatos vieram de uma época de grandes guerras.  A Inglaterra estava bastante divida por motivos religiosos quando reinos com lealdades tribais lutavam entre si perpetuamente.  O Cristianismo era a principal religião, tendo ganhado terreno sobre as formas pagãs de crenças religiosas.  





Uma tira de ouro com inscrições bíblicas em latim vulgar está entre as peças mais controversas: o formato das letras é o ponto de desacordo entre os especialistas: um as identifica como dos séculos VII e VIII enquanto que outro especialista as data do século VIII ao IX.  O texto bíblico que apresenta alguns erros é baseado numa citação do Livro de Números ou Salmo 67: “Surge domine et dissipentur inimici tui et fugiant qui oderunt te a facie tua,” ou Levanta-se Senhor e os seus inimigos dispersam-se, fogem diante dele os que o odeiam.





Mas todos concordam com a excelência do trabalho de filigrana encontrado em algumas peças, assim como na qualidade de desenhos ornamentais típicos dos anglo-saxões, como estranhos animais entrelaçados.  



 
Pelo menos duas cruzes estão entre os itens encontrados.  A maior está intacta, ainda que tenha sido dobrada, provavelmente para fazê-la caber num pequeno compartimento, antes de ser enterrada.  A dobradura pode significar que ela foi enterrada por pagãos que não respeitavam os símbolos cristãos, ou também pode ter sido dobrada por cristãos que poderiam tê-la tirada do altar de alguma outra pessoa.   O que se acredita, no entanto, dados o tamanho e a artesania singular, que este tesouro será importante o bastante para re-escrever a historia dos anglo-saxões no país.   




As escavações no local já acabaram e todos os itens encontrados estão em posse do Museu e Galeria de Arte de Birmingham.  Os objetos mais importantes serão exibidos até o dia 13 de outubro quando irão para o Museu Britânico para avaliação.



Depois de avaliados o tesouro será vendido, pelo valor de mercado e o valor arrecadado será dividido igualmente entre Terry Herbert e o dono o terreno em que o tesouro foi achado.  Eles concordaram em dividir os ganhos.

domingo, 26 de junho de 2016

A LENDÁRIA ESPADA “ULFBERHT” A INTRIGANTE MARCA DOS VIKINGS



As Espadas “Ulfberht” são quase lendárias entre os conhecedores de metalurgia e armas medievais. Elas foram forjadas com metal tão puro que mesmo hoje surpreendem os arqueólogos e deixam os especialistas sem palavras. Para ter uma idéia, a tecnologia necessária para criar um metal com tamanha qualidade só estaria disponível 800 anos mais tarde, durante a Revolução Industrial. De onde então vieram essas espadas incríveis achadas no extremo norte da Europa?


 
Cerca de 170 espadas Ulfberhts foram encontradas por arqueólogos, datando de 800 a 1000 d.C. Um documentário da National Geographic intitulado "Os Segredos da Espada Viking", que foi ao ar em 2012, lançou um olhar científico sobre a enigmática composição metalúrgica dessas armas notáveis. No processo de forjar ferro, o minério precisa ser aquecido a uma temperatura de 3.000 graus Fahrenheit para atingir o ponto de liquefação, permitindo ao ferreiro remover as impurezas que enfraquecem aço (o chamado slag). Carbono também é misturado para fazer o ferro, normalmente quebradiço mais forte e resistente. A tecnologia medieval não era capaz de aquecer o ferro a uma temperatura tão elevada, dessa maneira, o slag era removido martelando a peça repetidamente, um método comum, mas não muito eficaz.
As Ulfberht, entretanto, não possuem quase nenhum sinal de slag, além disso, a concentração de carbono é três vezes mais elevada do que as outras armas construídas no mesmo período. Elas eram construídas em algo chamado "caldeira de aço". Usando essas chaminés especiais que permitiam atingir uma temperatura muito mais alta, os ferreiros nórdicos eram capazes de diminuir o slag, produzindo uma arma bem mais resistente. Apenas na Revolução Industrial forjas tão potente seriam criadas.



O ferreiro moderno e pesquisador Richard Furrer, de Wisconsin, falou sobre as dificuldades de criar uma espada com tamanha qualidade sem as ferramentas modernas. Furrer é um especialista em metalurgia que estuda as técnicas empregadas pelos armeiros medievais. Ele escreveu vários livros sobre o tema e realizou pesquisas sobre o processo de construção de armas pelos povos do passado. No documentário, ele aceitou o desafio de tentar reproduzir uma Ulfberht usando o equipamento à disposição dos ferreiros nórdicos e metal trazido do mesmo lugar.

 
"Em minha opinião, forjar uma espada com tamanha qualidade, usando o material comumente encontrado na Idade Média, é uma tarefa quase impossível. Eu já tentei antes, fiz umas 50 tentativas e apesar de saber, em teoria, como eles faziam, não tive o mesmo grau de sucesso. Para falar a verdade, não cheguei nem perto!" reconheceu no documentário.

Não é à toa que os ferreiros de tais espadas eram considerados verdadeiros mágicos. Um armeiro capaz de criar uma Ulfberth era agraciado com verdadeiras fortunas, coberto de honras e até mesmo títulos pelos líderes Jarl nórdicos. Possuir uma espada Ulfberth era motivo de orgulho para qualquer guerreiro, e dada a sua raridade, apenas os guerreiros mais importantes tinham o direito de portá-la. As espadas Ulfberth eram tratadas como armas mágicas, nas lendas nórdicas, são essas as espadas que os heróis utilizam nas sagas para derrotar monstros e inimigos valorosos. Em algumas lendas, apenas a lâmina pura de uma Ulfberth pode atravessar o pele grossa de um troll ou a couraça escamosa de um dragão.

 
"Criar uma espada desse tipo era uma façanha notável e demandava um grau de habilidade incrível. Trata-se de uma espada que não enverga, por ser extremamente resistente, ela não se parte, a lâmina permanece afiada e seu peso é menor do que as outras armas. Não é para menos que essas armas eram consideradas sobrenaturais".

Furrer gastou dias na árdua tarefa de forjar uma espada com as qualidades inigualáveis das Ulfberth. O menor erro poderia colocar todo o seu trabalho à perder e resultar em um pedaço de aço inútil. Utilizando um protótipo de uma "caldeira de aço" construída em conformidade com os restos encontrados em sítios arqueológicos na Suécia, Furrer conseguiu sustentar uma temperatura de 3120 graus Fahrenheit, o bastante para derreter o aço diminuíndo a quantidade de impurezas. Em seguida, ele moldou a espada e a forjou usando o método empregado pelos ferreiros nórdicos. No final, ele teve sucesso em sua empreitada e mais com uma sensação de alívio do que alegria apresentou o resultado de quatro semanas de trabalho. A primeira Ulberth criada em mil anos.


Mas como os nórdicos desenvolveram o know-how para desenvolver essas espadas? Arqueólogos acreditam que o material e o conhecimento para construir tais armas tenham vindo do Oriente Médio. A rota de comércio entre vilarejos vikings e entrepostos comerciais árabes, foi estabelecida na mesma época em que as primeiras Ulfberhts apareceram. É possível que os armeiros tenham entrado em contato com ferreiros árabes que compartilham o segredo de seu aço de extrema qualidade, esse segredo viajou rumo ao norte garantindo a fama daqueles que conseguiam reproduzir a técnica.

quinta-feira, 23 de junho de 2016

TESOURO ARQUEOLÓGICO DE UM NAUFRÁGIO HÁ 1000 ANOS É LEILOADO POR MAIS DE US$ 80 MILHÕES

Um fabuloso tesouro arqueológico descoberto em um barco que naufragou perto do litoral da Indonésia há mil anos será leiloado na quarta-feira, em Jacarta, a um preço inicial calculado em 80 milhões de dólares. Um total de 271 mil peças, entre cerâmicas chinesas, espelhos com armação de bronze, pérolas, rubis e safiras, compõe esse tesouro escondidos nas profundezas do mar, um dos mais importantes descobertos na Ásia, segundo Luc Heymans, diretor belga da sociedade de exploração submarina Cosmix. O tesouro foi descoberto em 2003, quando pescadores resgataram entre suas redes pedaços de porcelana frente ao litoral de Cirebon, na ilha de Java.


Há pratos decorados, porcelanas translúcidas, espelhos de bronze com as costas trabalhadas, um pequeno peixe em cristal de rocha, minúsculos frascos de perfume, vidros coloridos da dinastia dos fatimidas, que reinou a mil anos no Egito. A descrição seria interminável. O belga Luc Heymans, um dos responsáveis do projeto diz que não exagera quando fala de "uma carga absolutamente excepcional". Estão já inventariadas perto de 14 mil pérolas e uma profusão de pedras preciosas que inclui, por exemplo, quatro mil rubis e 400 safiras, diz Heyman. Sabe-se que as porcelanas "provêm de uma fábrica muito especial, uma cerâmica imperial, talvez da província de Hebei, no Norte da China", assinala o especialista alemão Peter Schwarz. 



No plano histórico, o tesouro recuperado testemunha o encontro entre o mundo islâmico, a China e a Indonésia, arquipélago então dividido em reinos, incluindo um budista, o de Sriwijaya, em Sumatra. Os trabalhos duraram 18 meses e tiveram um sobressalto em 6 de Novembro do ano passado, quando um navio da Armada indonésia interrompeu os trabalhos dos mergulhadores. A agência indonésia de proteção do patrimônio submarino publicou então um comunicado onde afirmava: "Suspeita-se de que estrangeiros ilegais trabalhem na recuperação de um tesouro". O imbróglio foi resolvido após intrincadas negociações, e Heymans explica hoje o sucedido como o resultado de "um ataque de uma sociedade concorrente".



Os restos do navio, cujo nome, porto de origem e causa do desastre permanecem desconhecidos, se encontram a 55 metros de profundidade, o que o salvou dos saqueadores desde seu naufrágio, na época das Cinco Dinastias chinesas (907-960). "Os intercâmbios comerciais eram muito frequentes entre o mundo árabe e a Ásia, e os portos de Java e Sumatra eram muito frequentados", explicou Heymans. "Achamos que a bordo do barco se encontrava um embaixador devido à importante quantidade de cerâmicas chinesas encontradas", acrescentou.



Quando o tesouro foi encontrado entre os restos do navio em 2004, foram necessários mais de 22 mil mergulhos para que os mergulhadores belgas, australianos, indonésios, britânicos e franceses resgatassem os valiosos objetos, testemunhas da chegada do Islã ao sudeste asiático.



terça-feira, 21 de junho de 2016

MISTERIOSO ANEL REPRESENTANDO UM RELÓGIO DE PULSO É DESCOBERTO EM UMA ANTIGA TUMBA CHINESA DE 400 ANOS

Às vezes acontece de, quando ocorre alguma descoberta arqueológica, as equipes encontrarem juntamente com artefatos muito antigos objetos que parecem fora de contexto. E como já mencionamos anteriormente, inclusive existe uma sigla para esse tipo de peças: a “OOPArt”, do inglês “Out of Place Artifact”, ou seja, “Artefatos Fora de Lugar” em tradução livre. E complementando a matéria anterior vamos falar sobre mais um mistério que, desde 2008, também continua intrigando a comunidade arqueológica mundial. Durante as escavações a uma antiga tumba selada por 400 anos em Shangai, na China, onde arqueólogos encontraram um anel na forma de um pequeno relógio de pulso suíço, que inclusive traz a inscrição “Swiss”.


A sepultura pertence à época da Dinastia Ming, e os arqueólogos que a examinaram acreditam que mais ninguém esteve no local depois que o ocupante da tumba foi colocado lá dentro. Os especialistas acreditam que o relógio suíço, no entanto, tenha sido fabricado há cerca de um século. Conforme descreveram, o objeto foi encontrado quando os pesquisadores removiam a terra que estava ao redor do caixão e uma pedra caiu fazendo um ruído metálico. O estranho achado ocorreu enquanto os arqueólogos que escavavam a tumba gravavam um documentário na companhia de dois jornalistas e, em um primeiro momento, a equipe pensou que se tratava de um anel comum. Contudo, depois que o objeto foi limpo, os pesquisadores ficaram boquiabertos ao descobrir que se tratava de um objeto de ferro na forma de um relógio de pulso marcando exatamente as 10:06 horas.



O mais intrigante é que, na época da Dinastia Ming — que se estendeu entre os anos de 1368 a 1644, além de não existirem relógios de pulso, já que o primeiro só surgiu em 1814, nem mesmo a Suíça existia ainda como país. Hoje o artefato se encontra guardado pelas autoridades chinesas e sem acesso público. Como você deve imaginar, a descoberta despertou bastante interesse, e muita gente acredita que o relógio seja uma prova irrefutável da visita de seres alienígenas no passado ou, ainda, de que possa se tratar do caso de pessoas que descobriram uma forma de fazer viagens no tempo. Independente das teorias mirabolantes para explicar a presença do objeto dentro da tumba selada, as autoridades científicas chinesas ainda não conseguiram esclarecer o mistério.


segunda-feira, 20 de junho de 2016

O MARTELO DE KINGOODIE UM MISTERIOSO ARTEFATO ARQUEOLÓGICO SEM EXPLICAÇÃO

Sir David Brewster foi um grande cientista e inventor, reconhecido por ganhar diversas medalhas por sua contribuição à ciência inglesa da época. No ano de 1844, Brewster estava numa pesquisa na região de Kingoodie, Escócia, local esse muito conhecido por paleontólogos por existir diversos vestígios fósseis. Numa escavação a procura de fósseis foi quando Brewster fez uma misteriosa descoberta, que até hoje segue sem uma explicação que consiga responder a todas suas perguntas. Ele descobriu uma placa de arenito, onde havia uma espécie de ferramenta ali incrustada, o que parece ser um martelo primitivo. Imediatamente, esse objeto fora levado para análise, porém os métodos de investigação e análise da época ainda eram muito limitados, aonde chegaram à conclusão que essa ferramenta era da Idade da Pedra. Porém, no ano de 1985, uma nova análise, feita pelo Dr. A. W. Medd, do Centro Britânico de Pesquisas Geológicas, revelou aquilo que seria seu maior mistério, as análises mostraram que esse objeto datava do período Devoniano, entre 360 a 410 milhões de anos atrás, período esse, anterior até aos próprios dinossauros, a Terra era habitada por pequenos vertebrados marinhos e sua flora ainda era muito primitiva. O que leva a perguntar, quem criou esse objeto?

O que nos deixa muito intrigado, ninguém deu a atenção devida a esse achado, existem muitas perguntas a serem respondidas e não houve nenhuma pesquisa, o próprio objeto é desconhecido por grande parte das pessoas, mas por quê? Veja esse objeto, simplesmente põe em xeque toda a ciência contemporânea, a Teoria de Darwin vai pro espaço! A idéia de ter existido uma espécie inteligente capaz de criar ferramentas milhões de anos atrás é impressionante e mais impressionante é a falta de interesse pelos cientistas. Uma das primeiras perguntas que vem à mente foi justamente acerca da primeira afirmação dada antes de uma análise moderna, de que essa ferramenta primitiva seria da Idade da Pedra. Uma simples observação, baseada pelas fotos disponíveis, nota-se que a ferramenta é composta por um cabo de madeira e a cabeça de algum tipo de metal, possivelmente ferro (não existem detalhes sobre sua composição), portanto quem quer que tenha criado essa ferramenta já tinha noções de metalurgia, aplicando técnicas de fundição para criar a cabeça do martelo. Portanto, a idéia de que essa ferramenta poderia ser da Idade da Pedra simplesmente beira o absurdo, já que os humanos que viveram nessa época ainda não tinham desenvolvido essa técnica.


Uma segunda questão seria sobre a idade do objeto, pesquisando alguns métodos usados para analisar a idade de algum objeto, descobrimos que o famoso teste de Carbono 14, tem uma limitação de até 60 mil anos, já que após essa idade os resultados passariam a ser inconclusivos. Atualmente existem outras formas para datar um objeto mais antigo, como o caso do Teste do Potássio 40, que pode alcançar a casa de bilhões de anos, mas também não são 100% conclusivo e muito cientistas não aceitam seus resultados. Outra curiosidade é que a maioria desses testes são feitos com uma base orgânica, ou seja, o material a ser testado deve ter vivido, como seria o caso do cabo da ferramenta, que teria vivido e absorvido carbono no decorrer de sua existência como árvore. Outra observação é que o teste utilizado fora feito na placa de arenito onde está presa a ferramenta e não diretamente sobre ela. Sobre a afirmação feita acima, muitos cientistas divergem sobre isso, uma vez que há também a possibilidade do objeto ser da mesma época da placa, já que como fora encontrada enterrada, há a hipótese de que o martelo fora perdido na mesma época e com o passar dos anos, da erosão, chuva e etc., a natureza tratou de enterrar normalmente, como é o caso dos fosseis de dinossauros e outras peças arqueológicas.


Uma terceira questão seria que com o tempo decorrido, esse martelo não teria sido decomposto pela natureza? Todas as pesquisas levaram a um mesmo resultado, SIM, ela já teria sido decomposta, uma vez que a madeira no cabo é de madeira e sua cabeça seja possivelmente de metal, ambas já teriam desaparecido pela a ação do tempo. Bom, com essas perguntas e algumas conclusões, temos algumas hipóteses feitas por cientistas e por pessoas comuns, que divergem muito entre si. Uma hipótese adotada e que muitos acreditam é que esse objeto nada mais é do que uma fraude e foi colocada ali como o objetivo de chamar a atenção, mas, lembremos de quem supostamente fez essa descoberta era um cientista muito respeitado e que ganhou diversas medalhas pela sua contribuição para a ciência, portanto duvidamos muito que um cientista renomado seria capaz de arriscar sua carreira com uma conduta como essa. Outra hipótese seria de que as analises estejam erradas, que o teste utilizado não era adequado ou que o objeto poderia ter sido contaminado entre o espaço de tempo em que foi descoberto e quando foi analisado modernamente.


Existe também uma teoria de que supostos “viajantes do tempo” ou ”seres extraterrestres” poderiam ter nos visitado e esquecido ou perdido essa ferramenta, o que responderia a questão de que a ferramenta não teria se decomposto até hoje, por ter sido feita com materiais não existentes aqui na Terra e também o fato de não divulgarem sua composição. Mas também é bastante duvidosa essa  teoria porque um objeto muito primitivo, seres extraterrestres que dominam a tecnologia das grandes viagens interplanetárias não teriam como deixar um objeto tão simples e primitivo.


Uma última teoria é de que poderia ter existido uma forma de vida inteligente, capaz de criar ferramentas assim como nós, em tempos anteriores e foram extintas antes do desenvolvimento da evolução humana. Como vimos, existem muitas perguntas, teorias, mas nenhuma resposta que de fato possa saciar a nossa curiosidade, o que realmente impressiona é a falta de interesse da ciência para explicar casos como esse. Seria esse mais um caso de encobrimento de informações como os tantos outros mistérios da arqueologia?