Dois recém donos de uma pequena cabana de $300.000, fizeram o investimento de suas vidas após acharem a coleção do artista Arthur Pinajian na garagem da casa. A coleção é estimada em $30 milhões de dólares.
Thomas
Schultz e Larry Joseph – dois amigos investidores- compraram uma pequena
cabana em ruínas em Bellport, Nova York, em 2007, na esperança de
reformá-la. Mas dentro, eles encontraram muito mais do que uma casa
pedindo reforma; recentemente milhares de pinturas e desenhos do artista
armênio-americano Arthur Pinajian, que morreu em 1999, aos 85 anos de idade. Pinajian,
um ex-proprietário da residência, que se esforçou para encontrar o sucesso no
mundo da arte durante toda sua vida, havia instruído para que todas as obras
fossem jogadas fora quando morresse. Seus desejos foram ignorados, e as
obras ficaram abandonadas em meio a poeira, insetos, pragas e mofo. Ao
descobrirem o tesouro, os novos proprietários decidiram pagar o valor extra de
$2500 para ficarem com a coleção do artista.
As
peças incluem pinturas abstratas e expressionistas, paisagens, desenhos
realizados durante a Segunda Guerra Mundial, ilustrações, baseado nas histórias
em quadrinhos dos anos 1930, e imagens das colônias artísticas de 1960, no
Woodstock. Ao todo somam mais de 3.000 pinturas, desenhos e ilustrações.
Algumas
das pinturas abstratas estão atualmente sendo exibidas em Nova Iorque e estão a
venda pelo preço de $87.000 cada. De acordo com a Island News 12 Long, a
coleção foi avaliada por Peter Hastings Falk, autor Who Was Who in American
Art, por US $30 milhões. Já tendo também avaliado as obras da propriedade de
Andy Warhol.
Sr.
Falk conta ao The Weekly sobre o armênio: “Ele (Pinajian) pintava todos os
dias, mas ninguém via sua arte. Ele não recebeu nenhuma crítica ou comentário
sobre sua obra, e jamais seus trabalhos foram exibidos em galeria ou museu em
NY.” Pinajian sofreu dificuldades financeiras durante grande parte de sua
vida e contava com o apoio financeiro de sua irmã que trabalhava como
secretária. Os irmãos viveram juntos por grande parte de suas vidas e nenhum
acabou casando.
Falando
ao The New York Times após a descoberta das obras em 2007, o primo de Pinajian,
John Aramian, disse: “Ele pensava ser o próximo Picasso. Eles acreditavam que
ele se tornaria famoso e pagaria tudo para eles um dia, mas isso nunca
aconteceu.
“Então,
ele ficou frustrado e isolou-se de tudo e de todos, apenas pintava.” Os
historiadores de arte americana William Innes Homer, que morreu no ano passado,
havia dito que Pinajian era um “pesquisador solitário trancafiado em seu
laboratório de conhecimento buscando seu próprio bem” O historiador de
arte ainda escreveu: “Ele perseguiu seus objetivos de forma isolada, com a
determinação de um Gauguin ou Cézanne, recusando-se a parar frente a
indiferença pública.
Era
apaixonado e inequivocamente comprometido. Finalmente, o trabalho Pinajian
reflete a alma de um falho, mas brilhante gênio artístico. “Quando ele atinge a
marca, especialmente em suas abstrações, ele pode ser classificado entre os
melhores artistas de sua época.”
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