Crânios golpeados, ossos
estilhaçados, setas cravadas em esqueletos: restos encontrados na Alemanha
revelam a mais antiga, maior e mais brutal batalha da Idade do Bronze. Restos humanos encontrados no
noroeste da Alemanha traçam o cenário da mais antiga e mais sangrenta batalha
da Idade do Bronze jamais descoberta. Os crânios partidos e ossos fraturados de cerca de uma centena de pessoas
foram encontrados no vale do rio Tollense, em Mecklemburgo, na Pomerania
Ocidental.
Os arqueólogos responsáveis pela descoberta
recuperaram do fundo do rio armas de sílex e bronze, como pontas de setas e lanças,
alojadas nos esqueletos, bem como armas de madeira parecidas com bastões e
maços rudimentares. O achado inicial foi feito em 2011 por Detlef Jantzen e Thomas Terberger, investigadores do
Centro Alemão de Arqueologia Báltica e Escandinava, e publicada na Antiquity,
revista arqueológica da Universidade de Cambridge.
Desde então, a grande quantidade de restos
recuperados revelou a dimensão da sangrenta batalha, que os arqueólogos
acreditam que terá tido lugar há
aproximadamente 3.200 anos. Segundo os investigadores, os restos
indiciam uma violenta batalha corpo-a-corpo, entre duas tribos desconhecidas,
que provavelmente não eram oriundas da região. “Há bastantes indícios do que se
passou imediatamente antes de estas pessoas morrerem, e os mortos não estão enterrados de uma forma habitual“,
diz ao The Daily Mail o arqueólogo Harald Lubke, um dos autores da
descoberta.
Segundo Lubke, a batalha poderá na realidade ter
ocorrido a montante do local da descoberta e os restos terem sido arrastados
pelo rio. “É provável que venhamos ainda a encontrar mais restos rio acima“, diz Lubke. Aparentemente, de fato,
uma batalha de proporções épicas.
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