Uma crença
de que a "Dama do Sertão" de Minas Gerais enterrou um presente de Dom João VI debaixo
do seu casarão, demolido em 1954, leva caçadores de tesouros com equipamentos em
busca das relíquias perdidas.
Há muitos anos
se ouvem histórias de que um tesouro está enterrado no lugar
onde existiu o casarão de Joaquina Bernarda da Silva de Abreu Castelo Branco
(1752-1824), a lendária dama do sertão “Joaquina do Pompéu” uma importante
personagem mineira do século 19 e com estreitos laços com a família real
portuguesa. Em 1808, por exemplo, ela enviou centenas de gados e outros
mantimentos para saciar a fome de Dom João VI (1767-1826) e dos cerca de 10 mil
súditos que fugiram da invasão das tropas de Napoleão Bonaparte (1769-1821) e desembarcaram,
no Rio de Janeiro, sem alimentação suficiente para todos. Já em 1822, Joaquina
enviou tropas de cavalos e mantimentos para reforçar o exército de dom Pedro I
(1798-1834) na luta pela independência do Brasil.O tesouro em questão
seria um presente de João VI em gratidão à ajuda financeira de Joaquina. Há
quem acredite que se trata da escultura de um cacho de bananas folheado com
ouro. Outros afirmam que o objeto tem o formato de uma única banana coberta com
pó do precioso metal. Ainda há quem sugere um pote com objetos valiosos. Muita
gente, porém, alerta que tudo não passa de uma lenda que surgiu em razão da
riqueza acumulada por Joaquina, considerada uma grande empreendedora à frente
de seu tempo.
(resenha de Paulo Henrique Lobato em http://www.em.com.br/)
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