sábado, 6 de fevereiro de 2016

Caçadores de tesouros procuram tacho de ouro escondido no Centro-Oeste de Minas

Tacho com ouro que teria sido enterrado à sombra de um coqueiro na Região Centro-Oeste atrai a cobiça de inúmeros aventureiros e ajuda a contar memórias da sétima vila de Minas.
A história contada com entusiasmo por dona Fia, apelido de Maria José Lopes, de 76 anos, aguça a imaginação de moradores de Pitangui, cidade histórica do Centro-Oeste de Minas Gerais que completou seu tricentenário em junho passado. Não é à toa: a dona de casa garante que há um tacho abarrotado de ouro enterrado próximo a um dos coqueiros do Mascarenhas, lugarejo a menos de uma légua, ou algo entre quatro e cinco quilômetros, do Centro do município. 
Mas não se trata de mero causo, garante. A origem da fortuna tem nome, sobrenome e árvore genealógica: pertenceu a João Lopes, um rico fazendeiro português que viveu por aquelas bandas no século 19. “Era meu bisavô”, diz dona Fia. Segundo ela, o europeu teve um romance com a escrava Maria Benta, que vem a ser sua bisavó. João teve filhos com mulheres diferentes e, receoso em dividir a fortuna, enterrou o tesouro. Não contou a ninguém onde escondeu a fortuna, mas morreu sem retirá-la da terra. 

O tacho de ouro enterrado pelo fazendeiro – como contam a tradição, a dona Fia e um sem-número de ambiciosos aventureiros – atrai duas espécies de desbravadores: os que vão atrás da fortuna com a intenção de garantir a própria aposentadoria e os que se empenham em localizar o ouro para enriquecer os museus da região. Esse último grupo é formado pelos caçadores de histórias, como o pesquisador Vandeir Santos. “Nosso objetivo é ir atrás do passado. Levantar elementos que contribuam para o estudo da história do município. Quando encontramos algo, sempre doamos para museus”, garante Vandeir, membro do Instituto Histórico de Pitangui. A origem de Pitangui, a 130 quilômetros de Belo Horizonte, fundada por bandeirantes paulistas e elevada à condição de vila – a sétima em Minas – em 1715.

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