domingo, 21 de fevereiro de 2016

Pesquisadores percorrem diversas regiões de Minas Gerais em busca de tesouros escondidos

OUÇAM A ENTREVISTA NA INTEGRA NO SITE CBN GLOBO MINAS: http://cbn.globoradio.globo.com/editorias/pais/2016/02/20/PESQUISADORES-PERCORREM-DIVERSAS-REGIOES-DE-MINAS-GERAIS-EM-BUSCA-DE-TESOUROS-ESCONDIDOS.htm

Movidos pela vontade de contar histórias, eles procuram por objetos, joias, diamantes e até potes contendo moedas de ouro, que possuem valor histórico incalculável. Um grupo de pesquisadores está percorrendo Minas Gerais em busca de tesouros escondidos. São objetos e documentos que ajudam a contar a história não só do estado como do Brasil. Um desses tesouros, por exemplo, estaria enterrada no local onde ficava o casarão da lendária dama do sertão “Joaquina do Pompéu”, uma importante personagem mineira do século XIX e que possuía estreitos laços com a família real portuguesa. Em 1808, ela teria enviado ajuda a Dom João VI, que, juntamente com seus dez mil súditos, fugiu da invasão das tropas de Napoleão Bonaparte para o Brasil. Em retribuição, ele teria enviado um presente. Há quem acredite que seria uma escultura de um cacho de bananas folheada a ouro. Outros acham que seria um pote com objetos valiosos. A região foi visitada por este grupo de caçadores de relíquias, liderado pelo pesquisador da historiografia mineira Alexandre Ibañez, mas nada foi localizado. Ele explica que a sensação é a de tentar encontrar uma agulha no palheiro.
"A fazenda dela hoje é a cidade de Abaeté, Dores do Idaiá, Paracatu, Pitangui, Pequi, Papagaios, Maravilhas, Martinho Campos e Pompéu. Quer dizer. É uma fazenda muito grande. Ela tinha mais de dez mil escravos. Então, muita gente vai pra essa região em busca desse cacho de bananas de ouro e as jóias que muita gente diz que viu com ela, mas que depois da morte dela ninguém encontrou", conta.



Outro caso que tem despertado a curiosidade do grupo é o que envolve o tesouro dos inconfidentes, que estaria enterrado no Pico do Itacolomi, na região de Ouro Preto. Livros, jóias e armamentos que seriam usados caso o movimento da Inconfidência Mineira desse certo. Por enquanto, o tesouro continua sendo um mistério. Além de conhecimento, para embarcar em uma aventura é preciso planejamento. Mas nem sempre tudo sai como o esperado, nessas horas tem que saber improvisar. Como em todas as áreas, os caçadores de tesouros também se deparam com aventureiros que ignoram as regras e recomendações feitas em torno da preservação do patrimônio histórico. Para que a aventura se torne profissional, os adeptos do detectorismo, como a atividade é conhecida, precisam seguir legislações específicas dos estados e da União. Por enquanto, apenas algumas pistas foram encontradas, mas isso não desanima o grupo. Enquanto houver uma história pra contar, o grupo promete continuar se aventurando em busca dos tesouros, sejam eles lendas ou realidade.

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