Certa vez quando eu pesquisava sobre esse assunto me deparei com uma edição da revista "O Cruzeiro", que tinha sido publicada no Rio de Janeiro, sob número treze, ano XXV, datada de 10 de janeiro de 1953. Na página 28, os jornalistas Álvares da Silva e Eugenio Silva contavam a história do Sr. Inácio Pinheiro, sob o título "Os fantásticos tesouros de Ouro Preto” onde relatava a fantástica história do Sr. Inácio Pinheiro o mítico caçador de tesouros de Ouro Preto. O mineiro de Muriaé, Inácio Pinheiro, era um pacato dentista prático em Barbacena, quando em 1936, remexendo um velho baú deixado por seu falecido pai, encontrou vários mapas acompanhados de manuscritos, que falavam sobre tesouros enterrados e como encontrá-los. Estava apenas procurando músicas antigas para uma moça, que desejava enviá-las para um concurso promovido por uma rádio do Rio. Não se lembrou mais das músicas. Mas sua vida trocou de ritmo e compasso: deixou Barbacena e mudou-se para Ouro Preto a fim de iniciar a busca. Meses depois, voltou, para levar a mulher e os dois filhos.
Antes passou um ano no Rio de Janeiro tentando obter a ajuda do Governo para levar avante a empreitada. Só perdeu tempo e dinheiro, além de ganhar muita amolação. “Desiludido, resolveu começar a empresa por sua conta e risco, em 1941”. Como resultado, o Sr. Pinheiro passou cerca de treze anos no Pico do Itacolomi, numa busca solitária e cheia de mistérios. Sozinho por longos anos desaprendeu a conviver com a sociedade que tanto burlava dele. O Sr. Pinheiro, obstinado e só, passou frio e fome sem jamais desistir de encontrar o famoso tesouro dos inconfidentes, que, segundo ele, estava escondido na Serra do Itacolomi com mais de uma tonelada em barras de ouro, além de vários baús que escondiam a biblioteca particular de Cláudio Manuel da Costa. Porém, uma semana depois da reportagem pela revista "O Cruzeiro", o caçador de tesouros foi encontrado morto, em plena sexta-feira santa, sozinho em seu rancho, no Pico do Itacolomi. Morreu sentado, dentro de sua cabana, sem camisa, vestido apenas de calças. O corpo encontrado já estava naquela posição havia cerca de dez dias, segundo constou a perícia. O aventureiro faleceu aos 65 anos de idade, provavelmente vítima de um enfarto fulminante. Sozinho, como o bandeirante Fernão Dias, morreu atrás de um sonho de fortuna, sem encontrar o que procurava. Ou talvez sim, como acreditam muitos. E que talvez ele tenha levado consigo o segredo de onde estaria escondido o lendário tesouro. Mas isso já é outra história!
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ResponderExcluirEste Sr. Foi meu avô